Coronavírus pode gerar necessidade de reforço orçamentário, diz ministério
Ministério da Saúde estima que gastará R$ 140 milhões para compra dos insumos após o país começar a monitorar o coronavírus
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 19h32.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2020 às 19h33.
A chegada do coronavírus no Brasil pode levar o Ministério da Saúde a demandar um reforço orçamentário no caixa, de acordo com o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis. Para 2020, o orçamento do ministério é calculado em aproximadamente R$ 130 bilhões.
Nesta sexta-feira, 28, o governo deve publicar um edital para compra de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais de referência, 20 milhões de máscaras cirúrgicas, 4 milhões de máscaras N95 (mais reforçada) e 12 milhões de aventais para unidades de saúde. Além disso, serão assinados contratos para compra de outros 16 insumos, como álcool em gel, já licitados.
O ministério estima que gastará R$ 140 milhões para compra dos insumos após o País começar a monitorar a doença, cujos primeiros registros ocorreram em dezembro na China. O valor pode variar pela quantidade de insumos comprados e pela pressão do mercado frente à alta demanda.
"As despesas para aquisição desses equipamentos de proteção individual e dos leitos estão dentro do nosso orçamento. Dependendo do tamanho que a epidemia tiver, da quantidade de internações necessárias e das áreas de UTI, nós vamos precisar de algum reforço orçamentário", afirmou o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo dos Reis.
A pasta está contabilizando os gastos com o coronavírus separadamente das demais despesas do ministério, detalhou Gabbardo. Caso seja necessário, o governo poderá encaminhar um projeto de lei ao Congresso Nacional para reforçar o orçamento da pasta ou, se considerar a situação como urgente, fazer o acréscimo por meio de medida provisória.