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Contratação temporária não salva emprego

Com a perspectiva de queda nas vendas em relação ao Natal de 2014, comércio e indústria estão atrasando a contratação de temporários

Vendedora com cliente: únicos segmentos que vão ampliar os quadros de temporários serão supermercados e farmácias e perfumarias (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2015 às 10h46.

São Paulo - Nem o Natal deve salvar o emprego neste fim de ano.

Com a perspectiva de queda nas vendas em relação ao Natal de 2014, comércio e indústria estão atrasando a contratação de temporários e vão admitir um número menor de trabalhadores em relação ao fim do ano passado.

No comércio varejista, a admissão de trabalhadores temporários deve recuar 2,3% em relação a 2014, segundo a CNC. "Será a primeira variação negativa na quantidade de vagas temporárias no comércio na série iniciada em 2009", afirma o economista da CNC, Fabio Bentes.

Em números absolutos, serão abertos 139,6 mil postos de trabalho temporário este ano, ante 142,9 em 2014.

Os únicos segmentos que vão ampliar os quadros de temporários serão supermercados e farmácias e perfumarias.

A Raia Drogasil, por exemplo, vai abrir cinco vagas a mais neste ano nas lojas da Drogasil, passando de 95 para 100 vagas temporárias. Na Raia, serão os mesmo 80 postos temporários abertos em 2014.

Bentes explica que a retração nas contratações de temporários do comércio segue o movimento no ano para o emprego efetivo, registrado no Caged. Em agosto, pela primeira vez em mais de dez anos, o saldo entre admissões e demissões no comércio varejista acumulado em 12 meses foi negativo: as demissões superaram em 43,5 mil as contratações.

Diante da perspectiva de queda nas vendas, as grandes redes de lojas de eletroeletrônicos, estão cautelosas.

A Via Varejo, dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio, informa que não vai contratar temporários. Pela primeira vez em dez anos, a Lojas Cem também não vai admitir temporários.

As agências de emprego temporário sentiram o adiamento das contratações. Juliana Constantino, gerente de recrutamento da agência empregos Luandre, conta que normalmente o recrutamento que ocorria em agosto e setembro neste ano não aconteceu. "Hoje as empresas estão adiando ao máximo, provavelmente para a segunda quinzena de novembro. Elas querem ver como fica o mercado de consumo com a injeção do 13.º salário."

Juliana diz que hoje tem 2.525 vagas abertas na agência, entre temporárias e efetivas, para comércio e o setor de logística. No mesmo período de 2014, esse número chegava a 6 mil. "Nossa estimativa inicial é de que as empresas contratem neste ano 50% dos temporários de 2014."

Pesquisa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário revela que as contratações entre outubro e dezembro serão 20% menores em relação ao mesmo trimestre de 2014. Para o diretor jurídico da entidade, Marcos Abreu, a indústria adiou as contratações na esperança de que o comércio fosse, em algum momento, retomar as encomendas. "Mas isso não aconteceu este ano." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Nem o Natal deve salvar o emprego neste fim de ano.

Com a perspectiva de queda nas vendas em relação ao Natal de 2014, comércio e indústria estão atrasando a contratação de temporários e vão admitir um número menor de trabalhadores em relação ao fim do ano passado.

No comércio varejista, a admissão de trabalhadores temporários deve recuar 2,3% em relação a 2014, segundo a CNC. "Será a primeira variação negativa na quantidade de vagas temporárias no comércio na série iniciada em 2009", afirma o economista da CNC, Fabio Bentes.

Em números absolutos, serão abertos 139,6 mil postos de trabalho temporário este ano, ante 142,9 em 2014.

Os únicos segmentos que vão ampliar os quadros de temporários serão supermercados e farmácias e perfumarias.

A Raia Drogasil, por exemplo, vai abrir cinco vagas a mais neste ano nas lojas da Drogasil, passando de 95 para 100 vagas temporárias. Na Raia, serão os mesmo 80 postos temporários abertos em 2014.

Bentes explica que a retração nas contratações de temporários do comércio segue o movimento no ano para o emprego efetivo, registrado no Caged. Em agosto, pela primeira vez em mais de dez anos, o saldo entre admissões e demissões no comércio varejista acumulado em 12 meses foi negativo: as demissões superaram em 43,5 mil as contratações.

Diante da perspectiva de queda nas vendas, as grandes redes de lojas de eletroeletrônicos, estão cautelosas.

A Via Varejo, dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio, informa que não vai contratar temporários. Pela primeira vez em dez anos, a Lojas Cem também não vai admitir temporários.

As agências de emprego temporário sentiram o adiamento das contratações. Juliana Constantino, gerente de recrutamento da agência empregos Luandre, conta que normalmente o recrutamento que ocorria em agosto e setembro neste ano não aconteceu. "Hoje as empresas estão adiando ao máximo, provavelmente para a segunda quinzena de novembro. Elas querem ver como fica o mercado de consumo com a injeção do 13.º salário."

Juliana diz que hoje tem 2.525 vagas abertas na agência, entre temporárias e efetivas, para comércio e o setor de logística. No mesmo período de 2014, esse número chegava a 6 mil. "Nossa estimativa inicial é de que as empresas contratem neste ano 50% dos temporários de 2014."

Pesquisa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário revela que as contratações entre outubro e dezembro serão 20% menores em relação ao mesmo trimestre de 2014. Para o diretor jurídico da entidade, Marcos Abreu, a indústria adiou as contratações na esperança de que o comércio fosse, em algum momento, retomar as encomendas. "Mas isso não aconteceu este ano." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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