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Consumo de energia em países do G20 fica estagnado em 2014

"Pela primeira vez, observa-se uma diferença significativa entre o crescimento econômico e o de consumo de energia", diz presidente da Enerdata

A estabilização da demanda da China, que representa 30% do consumo energético do G20, e a forte queda na Europa (-4,5%) foram alguns dos motivos para a guerra (Marcello Casal/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2015 às 17h52.

Paris - O consumo de energia dos países do G20 se estabilizou no ano passado (+0,3%) rompendo a tendência de anos anteriores, apesar de terem crescido em média 3,5%, segundo um estudo do Enerdata.

Esta evolução "histórica" se explica, segundo o Enerdata, pela estabilização da demanda da China, que representa 30% do consumo energético do G20, e pela forte queda na Europa (-4,5%).

Na China, esta estabilização responde à desaceleração da economia, apesar do crescimento previsto de 7,5%. A atividade também tem precisado de menos energia, já que a produção de aço e cimento permaneceram estável, e a indústria melhorou sua eficácia energética.

Na Europa, a queda da demanda de energia está vinculada ao inverno mais ameno, que reduziu o consumo de calefação.

"Pela primeira vez, observa-se uma diferença significativa entre o crescimento econômico e o de consumo de energia", comentou Pascal Charriau, presidente da Enerdata.

Por isso, a "intensidade energética" dos países do G20, ou seja, a relação entre o consumo energético e o PIB, caiu consideravelmente (-3%). Nos últimos anos, costumava cair "1%", lembrou Charriau.

Ao mesmo tempo, as emissões de CO2 derivadas da geração de energia se estabilizaram pela primeira vez em 40 anos. Na China, caíram quase em 2% pela primeira vez desde 1999.

Além da estabilização da demanda, a evolução também se explica pela redução do uso do carvão na matriz energética chinesa, o que contribuiu para diminuir em 0,7% a demanda mundial de carvão, pela primeira vez em 15 anos, com exceção da crise de 2008.

No entanto, a queda do consumo de carvão na China compensou o aumento na Índia (+11%).

Para o Enerdata, em pouco tempo a economia deixará carvão de lado. Isso dependerá do consumo de carvão na China, do desenvolvimento das energias renováveis e da consolidação das políticas de eficiência energética.

Em 2014, ano marcado pela queda dos preços do petróleo, houve poucas mudanças no modelo energético do G20. O petróleo é a segunda energia que mais se consome (29%), atrás do carvão (35%).

O gás representa 19% e seu consumo tem estabilizado-se no ano passado, após o crescimento contínuo registrado desde 2001.

O G20 (19 países e a União Europeia) representa mais de 90% do Produto Mundial Bruto (a soma do PIB), 85% do comércio global e dois terços da população.

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Paris - O consumo de energia dos países do G20 se estabilizou no ano passado (+0,3%) rompendo a tendência de anos anteriores, apesar de terem crescido em média 3,5%, segundo um estudo do Enerdata.

Esta evolução "histórica" se explica, segundo o Enerdata, pela estabilização da demanda da China, que representa 30% do consumo energético do G20, e pela forte queda na Europa (-4,5%).

Na China, esta estabilização responde à desaceleração da economia, apesar do crescimento previsto de 7,5%. A atividade também tem precisado de menos energia, já que a produção de aço e cimento permaneceram estável, e a indústria melhorou sua eficácia energética.

Na Europa, a queda da demanda de energia está vinculada ao inverno mais ameno, que reduziu o consumo de calefação.

"Pela primeira vez, observa-se uma diferença significativa entre o crescimento econômico e o de consumo de energia", comentou Pascal Charriau, presidente da Enerdata.

Por isso, a "intensidade energética" dos países do G20, ou seja, a relação entre o consumo energético e o PIB, caiu consideravelmente (-3%). Nos últimos anos, costumava cair "1%", lembrou Charriau.

Ao mesmo tempo, as emissões de CO2 derivadas da geração de energia se estabilizaram pela primeira vez em 40 anos. Na China, caíram quase em 2% pela primeira vez desde 1999.

Além da estabilização da demanda, a evolução também se explica pela redução do uso do carvão na matriz energética chinesa, o que contribuiu para diminuir em 0,7% a demanda mundial de carvão, pela primeira vez em 15 anos, com exceção da crise de 2008.

No entanto, a queda do consumo de carvão na China compensou o aumento na Índia (+11%).

Para o Enerdata, em pouco tempo a economia deixará carvão de lado. Isso dependerá do consumo de carvão na China, do desenvolvimento das energias renováveis e da consolidação das políticas de eficiência energética.

Em 2014, ano marcado pela queda dos preços do petróleo, houve poucas mudanças no modelo energético do G20. O petróleo é a segunda energia que mais se consome (29%), atrás do carvão (35%).

O gás representa 19% e seu consumo tem estabilizado-se no ano passado, após o crescimento contínuo registrado desde 2001.

O G20 (19 países e a União Europeia) representa mais de 90% do Produto Mundial Bruto (a soma do PIB), 85% do comércio global e dois terços da população.

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