Consumidores também são capital humano
Pergunta "em qual negócio você está?" é mais complexa do que parece, diz Michael Schrage, pesquisador do MIT, para empresários em São Paulo
João Pedro Caleiro
Publicado em 13 de maio de 2015 às 17h26.
São Paulo – Quem você quer que o consumidor se torne?
É esta a pergunta que os empresários devem se fazer, disse Michael Schrage, pesquisador do MIT (Massachusetts Institute of Technology), em sua palestra nesta quarta-feira no 6oCongresso Brasileiro de Inovação da Indústria ( CNI ), em São Paulo.
O importante para inovar é parar de pensar em “como fazer melhores consumidores melhores” para pensar em “como fazer consumidores melhores”. Isso significa ter uma noção não apenas do que a sua empresa faz, mas do efeito que isso causa na vida das pessoas. O bom e velho ‘foco no cliente’, mas com outro gancho: converter ativos de capital humano em valor de mercado.
Um dono de carruagens pego de surpresa pela chegada dos automóveis precisa decidir: está no campo da logística, do transporte, da posse de animais ou, brinca Schrage, do sadomasoquismo?
“Em que negócio você está? Isso não é uma questão semântica. Não há resposta certa – você vive em um mundo de tecnologia descontinuada, e você precisa fazer uma escolha. E ela pode mudar, porque as economias são mais dinâmicas do que estáticas.”
O professor nota que falam muito da revolução que Henry Ford fez na produção em massa, mas ignoram outra grande contribuição: a criação de toda uma geração com a capacidade de dirigir. O mesmo é verdade para as habilidades criadas por smartphones e aplicativos.
Nesse último caso, especificamente, a relação é ainda mais direta: quanto mais uso, melhor eles ficam. O algoritmo do Google é um bom exemplo dessa criação de uma “inteligência coletiva” – mas isso também significa que de alguma forma, estamos todos trabalhando para a empresa.
Schrage diz a lição é especialmente importante para um país como o Brasil, que é líder em mídias sociais e inova muito no cotidiano, mas que ainda não conseguiu traduziu isso de forma econômica:
“O futuro da inovação brasileira vai ser uma função do seu investimento e da sua cultura em capital humano."
São Paulo – Quem você quer que o consumidor se torne?
É esta a pergunta que os empresários devem se fazer, disse Michael Schrage, pesquisador do MIT (Massachusetts Institute of Technology), em sua palestra nesta quarta-feira no 6oCongresso Brasileiro de Inovação da Indústria ( CNI ), em São Paulo.
O importante para inovar é parar de pensar em “como fazer melhores consumidores melhores” para pensar em “como fazer consumidores melhores”. Isso significa ter uma noção não apenas do que a sua empresa faz, mas do efeito que isso causa na vida das pessoas. O bom e velho ‘foco no cliente’, mas com outro gancho: converter ativos de capital humano em valor de mercado.
Um dono de carruagens pego de surpresa pela chegada dos automóveis precisa decidir: está no campo da logística, do transporte, da posse de animais ou, brinca Schrage, do sadomasoquismo?
“Em que negócio você está? Isso não é uma questão semântica. Não há resposta certa – você vive em um mundo de tecnologia descontinuada, e você precisa fazer uma escolha. E ela pode mudar, porque as economias são mais dinâmicas do que estáticas.”
O professor nota que falam muito da revolução que Henry Ford fez na produção em massa, mas ignoram outra grande contribuição: a criação de toda uma geração com a capacidade de dirigir. O mesmo é verdade para as habilidades criadas por smartphones e aplicativos.
Nesse último caso, especificamente, a relação é ainda mais direta: quanto mais uso, melhor eles ficam. O algoritmo do Google é um bom exemplo dessa criação de uma “inteligência coletiva” – mas isso também significa que de alguma forma, estamos todos trabalhando para a empresa.
Schrage diz a lição é especialmente importante para um país como o Brasil, que é líder em mídias sociais e inova muito no cotidiano, mas que ainda não conseguiu traduziu isso de forma econômica:
“O futuro da inovação brasileira vai ser uma função do seu investimento e da sua cultura em capital humano."