Economia

Confiança do consumidor cresce e atinge maior índice em 4 anos, diz CNI

Índice ficou acima da média histórica de 107,7 pontos e atingiu o maior valor registrado desde outubro de 2014

Consumidor brasileiro está mais confiante, aponta CNI (Paulo Whitaker/Reuters)

Consumidor brasileiro está mais confiante, aponta CNI (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2018 às 11h27.

Brasília - O consumidor brasileiro está mais confiante. É o que aponta o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), divulgado nesta quarta-feira, 31, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que atingiu 110,6 pontos em outubro, uma alta de 4,4% em relação a setembro. O índice ficou acima da média histórica de 107,7 pontos e atingiu o maior valor registrado desde outubro de 2014. Esse foi o quarto avanço consecutivo no indicador.

"A recuperação da confiança do consumidor é uma ótima notícia. Com o tempo, se reverterá em um aumento do consumo, um passo fundamental para a recuperação da atividade industrial, dos investimentos e do emprego", afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo.

A maioria dos índices que compõem o Inec mostra aumento entre setembro e outubro. A maior alta no mês é o índice de situação financeira (8,9%), indicando crescimento do porcentual de consumidores que acreditam em melhora de sua situação financeira.

Essa foi uma das principais razões para a maior confiança dos brasileiros em outubro. Segundo a metodologia da pesquisa, quanto maior o índice, maior o número de pessoas que percebem melhora da situação financeira nos últimos meses.

Há também um maior otimismo com relação à queda da inflação, do desemprego e do aumento da renda. O indicador aponta ainda uma expectativa de queda do endividamento.

O único componente do Inec que não aponta crescimento em outubro é de expectativas de compras de bens de maior valor, que teve queda de 0,3% na comparação com o mês anterior.

"Apesar da melhora da confiança, o consumidor ainda está cauteloso para comprar bens de maior valor, porque isso envolve um comprometimento maior da renda ao longo do tempo. Com a redução da incerteza e a continuidade da melhora das condições financeiras, o consumo desse tipo de bem deve aumentar", avalia Azevedo.

O Inec foi feito pela CNI em parceria com o Ibope Inteligência, entre os dias 18 e 22 de outubro. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios.

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da IndústriaConfiançaConsumidoresNível de confiança

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor