Economia

Comissão Europeia avalia papel de agência de risco na Grécia

Bruxelas - O comissário para o Mercado Interno europeu, Michel Barnier, anunciou hoje sua intenção de estudar o papel das agências de classificação de risco na crise grega e assegurou que deve exigir maior transparência dessas empresas dado o impacto sobre as finanças públicas que têm suas decisões. "É legítimo que as agências avaliem minuciosamente […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2010 às 10h13.

Bruxelas - O comissário para o Mercado Interno europeu, Michel Barnier, anunciou hoje sua intenção de estudar o papel das agências de classificação de risco na crise grega e assegurou que deve exigir maior transparência dessas empresas dado o impacto sobre as finanças públicas que têm suas decisões.

"É legítimo que as agências avaliem minuciosamente a situação dos estados, mas as decisões adotadas têm um impacto considerável e por isso temos o direito de esperar uma avaliação sobre as bases perfeitamente transparentes", disse Barnier em um comparecimento diante o Parlamento Europeu (PE).

As declarações de Barnier chegam só um dia depois que a França anunciasse novas regras para controlar a atuação das agências de classificação e impedir que propiciem movimentos especulativos como os gerados no mês passado quando a Standard & Poor's rebaixou as notas da Grécia, Portugal e Espanha.

O comissário deixou entrever neste sentido certas dúvidas sobre a atuação recente das agências.

"Se olhamos à Grécia, por exemplo, me surpreendeu bastante a rapidez na deterioração da classificação", assegurou.

Por isso, e em um dia no qual a bolsa espanhola sofre pelo temor de um contágio da crise grega, Barnier lembrou às agências as "consequências graves" nas quais podem desembocar suas decisões que aumentam a preocupação nos mercados.

"O lema a seguir deve ser responsabilidade e transparência", assinalou o comissário encarregado dos serviços financeiros na UE.

Para Barnier, o setor das agências de classificação necessita, em qualquer caso, mais "diversidade e concorrência".

O comissário lembrou que se trata de um âmbito dominado por três grandes empresas e insistiu em seu ideia de trabalhar na criação de uma agência de classificação europeia.

"Não se se será pública ou privada, se será como as outras ou centrada na análise do risco soberano, mas vamos trabalhar nisto", disse aos eurodeputados.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingCrise gregaCrises em empresasEuropaGréciaMercado financeiroPiigsRating

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor