Comércio exterior no G20 quase não cresceu no 3º trimestre, diz OCDE
No conjunto dos países do G20, as exportações cresceram 0,3 por cento entre julho e setembro (tinham caído 0,7 por cento entre abril e junho)
EFE
Publicado em 28 de novembro de 2018 às 15h15.
Efe - O comércio exterior do G20 voltou a crescer no terceiro trimestre deste ano, após a queda observada no segundo, mas a uma taxa muito pequena e, essencialmente, por causa do aumento do preço do petróleo, disse a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No conjunto dos países do G20, as exportações cresceram 0,3 por cento entre julho e setembro (tinham caído 0,7 por cento entre abril e junho), enquanto as importações aumentaram 0,7 por cento (após caírem 0,3 por cento), detalhou a OCDE em comunicado.
Essas ascensões trimestrais estão significativamente abaixo das que foram registradas em 2016 e 2017, mas também das constatadas no primeiro trimestre de 2018 (5,5% para as exportações, 5,1 por cento para as importações). Entre julho e setembro, as exportações caíram 1,7 por cento nos Estados Unidos, 0,8 por cento na União Europeia, 2 por cento no Japão e 2 por cento na Austrália.
Do lado oposto da tabela, as exportações subiram 2,4 por cento na China, devido, em parte, à venda de uma plataforma de petróleo para o Brasil, o que, por sua vez, explica que as importações brasileiras registrassem um salto positivo de 18 por cento.
Houve incrementos proporcionalmente mais importantes nas exportações na Arábia Saudita (grande exportador de petróleo, 3,5 por cento), Coreia do Sul (4,7 por cento), Rússia (5,3 por cento) e Brasil (5,5 por cento).
Quanto às importações, elas progrediram principalmente em países que são grandes importadores de petróleo (afetados pelo aumento do barril) como a China (4,1 por cento), a Índia (4,9 por cento) e os Estados Unidos (2,6 por cento), mas também na Indonésia (4,9 por cento) e, muito em particular, no caso do Brasil (18 por cento).
Piores quedas
No outro extremo, houve quedas muito pronunciadas na Turquia (14,1 por cento) e na Argentina (8 por cento), dois países que foram afetados pela violenta desvalorização de suas moedas em relação ao dólar (de 36 por cento para o peso argentino e de 30 por cento para a lira turca).
As importações também caíram na Arábia Saudita (10,6 por cento), na Austrália (5,2 por cento), na Rússia (5,2 por cento), no Canadá (1,4 por cento) e na União Europeia (0,5 por cento).