China corre risco de entrar em um 'espiral brutal' de dívida e deflação, diz órgão
Quedas nos mercados imobiliário e de ações podem afetar a renda de uma pior do que o previsto
Repórter colaborador
Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 08h31.
A economia da China saiu da pandemia muito abaixo do ritmo que a maioria dos analistas esperava. Se os formuladores de políticas econômicas do país não intervirem com a devida em 2024, poderá ocorrer uma "espiral de deflação a dívida".
De acordo com o Business Insider, os ventos contrários atuais incluem deflação, uma população envelhecida, crise imobiliária e pessimismo no mercado de ações chinesas. Embora alguns economistas e estrategistas de Wall Street tenham compartilhado seu ceticismo com o Business Insider sobre as chances de Pequim de retornar a um crescimento sustentável, pesquisadores do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, sigla em inglês) mantêm uma perspectiva mais otimista.
Um relatório do IIF divulgado na segunda-feira mantém a previsão de crescimento de 5% para a China em 2024, acima da estimativa de 4,6% do mercado.
Pesquisadores do IIF disseram que Pequim não conseguiu lidar com o desequilíbrio entre oferta e demanda, principalmente no setor de habitação. Com isso, os principais indicadores de preços ao consumidor e de crescimento tornaram-se negativos no quarto trimestre de 2023.
Mercado acionário sob stress
A deflação tem prejudicado os lucros e os preços das ações na China, bem como o crescimento dos salários e as receitas fiscais. O índice CSI 300 foi um dos que tiveram pior desempenho do mundo no ano passado (queda de 11%). O índice de preços de exportação da China caiu 9% em 2023 à medida que o crescimento das exportações diminuiu. O PIB nominal cresceu 4,6% em 2023, 0,6 ponto abaixo do crescimento real.