Para China, câmbio flutuante depende da economia
Xangai - A China vai decidir se retoma uma taxa de câmbio flutuante administrada tomando como base fatores econômicos, como o contínuo crescimento dos empregos e a clareza sobre a situação econômica pós-crise. A informação foi dada hoje por Fan Gang, consultor do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país). Com […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Xangai - A China vai decidir se retoma uma taxa de câmbio flutuante administrada tomando como base fatores econômicos, como o contínuo crescimento dos empregos e a clareza sobre a situação econômica pós-crise. A informação foi dada hoje por Fan Gang, consultor do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país).
Com isso, Fan se junta a outras autoridades chinesas na defesa da atual política de câmbio da China, diante do aumento dos pedidos dos EUA para que Pequim permita que o yuan volte a se valorizar. A China tem mantido a moeda basicamente estável diante do dólar desde julho de 2008, argumentando que a política tem ajudado a fornecer estabilidade para a economia global. Mas críticos afirmam que essa política dá aos exportadores chineses uma vantagem comercial injusta.
Uma grande e abrupta mudança na taxa de câmbio do yuan resultaria em danos significativos para o setor exportador da China, segundo Fan. No entanto, a autoridade destacou a intenção do país de eventualmente permitir uma taxa de câmbio mais flexível - posição deixada clara recentemente pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e pelo presidente do PBOC, Zhou Xiaochuan.
Enquanto isso, durante um fórum, Liu He, vice-diretor de uma instituição econômica ligada ao Partido Comunista chinês, afirmou que a China vai manter uma taxa de câmbio estável para o yuan, já que a crise financeira global ainda não terminou. "Em meio à crise, manter a taxa de câmbio de um país grande relativamente estável é benéfico não apenas para a China, mas também para o mundo", disse. "Uma valorização do yuan não trará benefícios aos produtores dos EUA, mas aumentará os custos para os consumidores dos EUA", acrescentou. As informações são da Dow Jones.