China: ordem de Trump impede empresas e indivíduos de investir em 31 empresas identificadas pelos EUA como ligadas ao exército chinês (Aly Song/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de novembro de 2020 às 09h25.
Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 09h27.
A China condenou nesta sexta-feira, 13, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de bloquear investimentos americanos em algumas importantes empresas chinesas, após as ações de várias das companhias atingidas sofrerem fortes perdas na Bolsa de Hong Kong.
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A ordem executiva, assinada na quinta, 12, impede empresas e indivíduos americanos de investir em 31 empresas identificadas pelos EUA como ligadas ao exército chinês.
A proibição envolve ações e outros instrumentos financeiros, como bônus e derivativos. Também afeta alguns valores mobiliários e fundos administrados por instituições dos EUA, o que pode levar bancos e gestores de fundos a avaliar sua exposição.
O governo chinês descreveu o gesto de Trump como "malicioso, abusivo e irracional". "Isso irá afetar seriamente não apenas os legítimos direitos e interesses de empresas chinesas, mas também os interesses de investidores de outros países, incluindo os EUA", disse nesta sexta Wang Wenbin, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês.
O gesto de Trump derrubou nesta sexta as ações de empresas chinesas de telecomunicações e internet negociadas em Hong Kong. O papel da China Telecom sofreu tombo de 7,8%, o da China Mobile de 5%, e o da China Unicom, de 6,6%. Subsidiárias da China Mobile e da China Telecom também têm ativos negociados na New York Stock Exchange (Nyse).