"Caso necessário", tributo será temporário, diz Meirelles
O ministro também disse que a equipe será anunciada na segunda-feira, inclusive o novo presidente do Banco Central, mas não adiantou como será a transição
João Pedro Caleiro
Publicado em 13 de maio de 2016 às 13h28.
São Paulo - Henrique Meirelles disse hoje em sua primeira entrevista coletiva como ministro da Fazenda que não descarta a criação de um novo imposto, mas que ele seria temporário.
"Caso seja necessário um tributo ele será aplicado mas certamente temporário", disse para os jornalistas.
Ele notou, assim como tinha feito em entrevista para o Bom Dia Brasil mais cedo, que a carga tributária brasileira é muito alta, mas que a "prioridade hoje é equilíbrio fiscal e estabilização do crescimento da divida pública".
O ministro também disse que sua equipe será anunciada na segunda-feira, inclusive o novo presidente do Banco Central , mas não explicou de que forma seria a transição..
No entanto, já adiantou que Tarcísio Godoy volta para a secretaria-executiva do Ministério, que exerceu também na gestão do ex-ministro Joaquim Levy.
Sobre medidas, Meirelles não quis dar detalhes e disse que o governo deve evitar "opiniões genéricas" porque precisa "partir de uma base realista" das contas públicas.
Comentando uma possível necessidade de capitalização de empresas estatais, se disse "muito preocupado" sobre os detalhes que podem estar ocultos.
O ministro também citou a necessidade de reformas micreconômicas, disse que é preciso diminuir a "indexação" da economia e ecoando o primeiro pronunciamento de Michel Temer, garantiu que "os programas sociais serão mantidos".
Veja o que ele falou sobre outros temas:
Teto de gastos
"É importante que nós passemos a trabalhar com a hipótese de fixação de limites nominais" para o gasto, disse o ministro.
No entrevista de hoje cedo, ele disse estar trabalhando "num sistema de metas das despesas públicas onde não haja crescimento real das despesas".
Negociações políticas
"O Congresso, em ultima análise, reflete a sociedade brasileira e minha avaliação é que a sociedade está amadurecida (...) O que não é possível é continuar como está", disse Meirelles.
Ele também destavou que esse governo "tem uma capacidade que me parece bastante relevante de pessoas muito experientes na negociação" e que está seguro de que ela será eficaz.
Protestos contra medidas
O protesto "é legítimo, faz parte da democracia e da liberdade de expressão", mas "não se pode agradar a todos a todo tempo".
Disse que o governo não vê isso com grande "apreensão" mas que sabe que o "debate será intenso".
Comparações históricas
Meirelles foi questionado sobre como esse momento se compara a 2003, quando assumiu o Banco Central no primeiro ano de Lula diante de uma grande turbulência financeira.
Um jornalista perguntou se é possível estabelecer uma data para o "fim da crise". Em menos de 24 horas do novo governo, vários bancos internacionais divulgaram revisões para cima do crescimento do país.
"Em 2003, por exemplo, se esperava uma situação muito prolongada e a queda da atividade durou cerca de seis meses contados a partir da data que iniciamos esse processo. Não estou dizendo que vai ser 6 meses nem 1 mês nem um ano, mas na medida que se toma as medidas o resultado aparece", disse o ministro.
São Paulo - Henrique Meirelles disse hoje em sua primeira entrevista coletiva como ministro da Fazenda que não descarta a criação de um novo imposto, mas que ele seria temporário.
"Caso seja necessário um tributo ele será aplicado mas certamente temporário", disse para os jornalistas.
Ele notou, assim como tinha feito em entrevista para o Bom Dia Brasil mais cedo, que a carga tributária brasileira é muito alta, mas que a "prioridade hoje é equilíbrio fiscal e estabilização do crescimento da divida pública".
O ministro também disse que sua equipe será anunciada na segunda-feira, inclusive o novo presidente do Banco Central , mas não explicou de que forma seria a transição..
No entanto, já adiantou que Tarcísio Godoy volta para a secretaria-executiva do Ministério, que exerceu também na gestão do ex-ministro Joaquim Levy.
Sobre medidas, Meirelles não quis dar detalhes e disse que o governo deve evitar "opiniões genéricas" porque precisa "partir de uma base realista" das contas públicas.
Comentando uma possível necessidade de capitalização de empresas estatais, se disse "muito preocupado" sobre os detalhes que podem estar ocultos.
O ministro também citou a necessidade de reformas micreconômicas, disse que é preciso diminuir a "indexação" da economia e ecoando o primeiro pronunciamento de Michel Temer, garantiu que "os programas sociais serão mantidos".
Veja o que ele falou sobre outros temas:
Teto de gastos
"É importante que nós passemos a trabalhar com a hipótese de fixação de limites nominais" para o gasto, disse o ministro.
No entrevista de hoje cedo, ele disse estar trabalhando "num sistema de metas das despesas públicas onde não haja crescimento real das despesas".
Negociações políticas
"O Congresso, em ultima análise, reflete a sociedade brasileira e minha avaliação é que a sociedade está amadurecida (...) O que não é possível é continuar como está", disse Meirelles.
Ele também destavou que esse governo "tem uma capacidade que me parece bastante relevante de pessoas muito experientes na negociação" e que está seguro de que ela será eficaz.
Protestos contra medidas
O protesto "é legítimo, faz parte da democracia e da liberdade de expressão", mas "não se pode agradar a todos a todo tempo".
Disse que o governo não vê isso com grande "apreensão" mas que sabe que o "debate será intenso".
Comparações históricas
Meirelles foi questionado sobre como esse momento se compara a 2003, quando assumiu o Banco Central no primeiro ano de Lula diante de uma grande turbulência financeira.
Um jornalista perguntou se é possível estabelecer uma data para o "fim da crise". Em menos de 24 horas do novo governo, vários bancos internacionais divulgaram revisões para cima do crescimento do país.
"Em 2003, por exemplo, se esperava uma situação muito prolongada e a queda da atividade durou cerca de seis meses contados a partir da data que iniciamos esse processo. Não estou dizendo que vai ser 6 meses nem 1 mês nem um ano, mas na medida que se toma as medidas o resultado aparece", disse o ministro.