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Canário na mina de carvão da economia dá sinal de vida

Dados olhados de perto pelos economistas mostraram em junho sinais de recuperação após longo período de queda

"Canário na mina de carvão" é uma expressão usada como apelido para os dados de exportações sul-coreanas (Haplochromis / Wikimedia Commons)

João Pedro Caleiro

Publicado em 4 de julho de 2016 às 16h09.

São Paulo - Os números das exportações da Coreia do Sul em junho vieram melhores do que o esperado: foi a 18ª queda consecutiva na comparação anual, mas o ritmo se amenizou.

Depois dos -6% de maio, as exportações caíram apenas 2,7% em junho, bem menos do que os 8,3% previstos por analistas. Na comparação mensal, houve alta de 6%, ante 0,7% negativos no mês anterior.

Os economistas olham para esse dado de perto porque ele é o primeiro número concreto a ser revelado entre as grandes economias. Por isso, foi apelidado pelo Goldman Sachs e pelo UBS de "canário na mina de carvão".

É uma referência a uma tática usada pelos mineiros para monitorar o nível de gases tóxicos debaixo da terra. O canário era o primeiro a morrer, indicando que chegava a hora de fugir.

Como a Coreia do Sul é a quinta maior exportadora do mundo e depende bastante de China e do Japão, segunda e a terceira maiores economias do mundo, respectivamente, esses dados são vistos como indícios de movimentos econômicos maiores.

A China, em especial, tem desacelerado fortemente nos últimos anos, em um processo que ninguém sabe até onde vai. Como ela absorve sozinha um quarto das exportações sul-coreanas, os analistas ficam de olho no que o canário está dizendo.

Mas é preciso cuidado com os dados. Como a China está cada vez mais sofisticada, já não precisa mais importar dos sul-coreanos muitos dos bens e serviços de alta tecnologia de que precisava no passado.

E os chineses também ganharam espaços novos no mercado global ao fazer essa transição; recentemente, passaram a Coreia do Sul como maiores produtores mundiais de navios.

Vale lembrar que os números de junho também são de antes da Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, que colocou os mercados em pânico e fez todo mundo rever para baixo suas previsões para a economia global.

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A China, em especial, tem desacelerado fortemente nos últimos anos, em um processo que ninguém sabe até onde vai. Como ela absorve sozinha um quarto das exportações sul-coreanas, os analistas ficam de olho no que o canário está dizendo.

Mas é preciso cuidado com os dados. Como a China está cada vez mais sofisticada, já não precisa mais importar dos sul-coreanos muitos dos bens e serviços de alta tecnologia de que precisava no passado.

E os chineses também ganharam espaços novos no mercado global ao fazer essa transição; recentemente, passaram a Coreia do Sul como maiores produtores mundiais de navios.

Vale lembrar que os números de junho também são de antes da Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, que colocou os mercados em pânico e fez todo mundo rever para baixo suas previsões para a economia global.

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