Exame Logo

Brasil pode avançar nos investimentos, diz diretor do BC

“Vimos uma economia crescendo no 2º semestre e em 2013 em ritmo mais intenso que o 1º semestre e essa visão está mantida”, disse o diretor de política econômica do BC

“Hoje o Banco Central dispõe de mais armas para ajudar o mercado a funcionar melhor', disse Hamilton, sobre o câmbio (Gustavo Gomes/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 12h16.

São Paulo - Para Carlos Hamilton Araújo, diretor de política econômica do Banco Central, o Brasil tem muito a avançar quanto aos investimentos.  “A minha percepção é que um aumento da taxa de investimento por si só não garante uma aceleração do crescimento no médio e longo prazo, há outras variáveis envolvidas nessa discussão mas, sem o aumento do investimento, o aumento do crescimento não vai vir”, disse, durante apresentação no Fórum Bloomberg Brasil.

Para haver investimentos, é necessário poupança. “Temos que identificar as fontes de financiamento, se é poupança pública, doméstica ou externa”, disse. Para Hamilton, um dos resultados alcançados nos últimos anos foi o acesso aos mercados internacionais.

Inflação

Hoje, a estratégia mais adequada para trazer a inflação de volta ao centro da meta é a mesma percebida na última reunião do Copom, segundo Hamilton. Ou seja, a divulgação do PIB abaixo do esperado e da inflação acima, nas últimas semanas, não mudaram essa perspectiva. “Nós vimos uma economia crescendo no segundo semestre e em 2013 em um ritmo mais intenso que o primeiro semestre e essa visão está mantida’, disse Hamilton.

“Certamente se a inflação tivesse sido 4,5% ou abaixo disso nos últimos anos a situação seria melhor”, disse o diretor, sem mudar, no entanto, as previsões já apresentadas pelo Banco Central.

“No segundo trimestre desse ano havia um consenso que esse cenário (inflação na meta) era possível, houve o problema com as commodities no cenário internacional, alguns preços que são importantes para nós mas não são commodities como feijão e arroz também...”, disse Hamilton.  Os números serão atualizados agora, até o final do mês isso estará sendo feito, segundo o diretor.

Câmbio

Hamilton acredita que o câmbio tende a ser menos volátil do que foi no passado. “Hoje o Banco Central dispõe de mais armas para ajudar o mercado a funcionar melhor, sempre que identificar uma distorção nos mercados o BC dispõe de mais mecanismos do que no passado”, afirmou.


Durante sua apresentação, Hamilton falou sobre o regime de metas para a inflação e sobre alguns desafios que o Brasil enfrenta para crescer. Hamilton citou a previsão do setor privado de uma taxa média de crescimento de 3,7% do Brasil nos próximos 4 anos.  “O Brasil só pode crescer entre 3% e 4%? No curto prazo a visão (do mercado) é essa minha resposta é sim e não”.

Citando um trabalho do FMI sobre as taxas de juros no Brasil, Hamilton apontou alguns desafios que o FMI colocava como a legislação da caderneta de poupança, a carga tributária, e outros pontos. “Temos uma agenda para enfrentar problemas que estão há muito tempo colocados”, disse.

“Se o Brasil pode crescer só 3,7% em média como o mercado põe para os próximos anos, eu diria que a probabilidade de o crescimento ser superior é função direta da taxa de sucesso que o governo tiver nessa agenda”. Hamilton acrescentou aos pontos o desafio da educação.

Veja também

São Paulo - Para Carlos Hamilton Araújo, diretor de política econômica do Banco Central, o Brasil tem muito a avançar quanto aos investimentos.  “A minha percepção é que um aumento da taxa de investimento por si só não garante uma aceleração do crescimento no médio e longo prazo, há outras variáveis envolvidas nessa discussão mas, sem o aumento do investimento, o aumento do crescimento não vai vir”, disse, durante apresentação no Fórum Bloomberg Brasil.

Para haver investimentos, é necessário poupança. “Temos que identificar as fontes de financiamento, se é poupança pública, doméstica ou externa”, disse. Para Hamilton, um dos resultados alcançados nos últimos anos foi o acesso aos mercados internacionais.

Inflação

Hoje, a estratégia mais adequada para trazer a inflação de volta ao centro da meta é a mesma percebida na última reunião do Copom, segundo Hamilton. Ou seja, a divulgação do PIB abaixo do esperado e da inflação acima, nas últimas semanas, não mudaram essa perspectiva. “Nós vimos uma economia crescendo no segundo semestre e em 2013 em um ritmo mais intenso que o primeiro semestre e essa visão está mantida’, disse Hamilton.

“Certamente se a inflação tivesse sido 4,5% ou abaixo disso nos últimos anos a situação seria melhor”, disse o diretor, sem mudar, no entanto, as previsões já apresentadas pelo Banco Central.

“No segundo trimestre desse ano havia um consenso que esse cenário (inflação na meta) era possível, houve o problema com as commodities no cenário internacional, alguns preços que são importantes para nós mas não são commodities como feijão e arroz também...”, disse Hamilton.  Os números serão atualizados agora, até o final do mês isso estará sendo feito, segundo o diretor.

Câmbio

Hamilton acredita que o câmbio tende a ser menos volátil do que foi no passado. “Hoje o Banco Central dispõe de mais armas para ajudar o mercado a funcionar melhor, sempre que identificar uma distorção nos mercados o BC dispõe de mais mecanismos do que no passado”, afirmou.


Durante sua apresentação, Hamilton falou sobre o regime de metas para a inflação e sobre alguns desafios que o Brasil enfrenta para crescer. Hamilton citou a previsão do setor privado de uma taxa média de crescimento de 3,7% do Brasil nos próximos 4 anos.  “O Brasil só pode crescer entre 3% e 4%? No curto prazo a visão (do mercado) é essa minha resposta é sim e não”.

Citando um trabalho do FMI sobre as taxas de juros no Brasil, Hamilton apontou alguns desafios que o FMI colocava como a legislação da caderneta de poupança, a carga tributária, e outros pontos. “Temos uma agenda para enfrentar problemas que estão há muito tempo colocados”, disse.

“Se o Brasil pode crescer só 3,7% em média como o mercado põe para os próximos anos, eu diria que a probabilidade de o crescimento ser superior é função direta da taxa de sucesso que o governo tiver nessa agenda”. Hamilton acrescentou aos pontos o desafio da educação.

Acompanhe tudo sobre:CâmbioCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoInflação

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame