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Bolsonaro quer estimulo a turismo subaquático e religioso

"Temos tudo para, via turismo, ajudar a economia. É o que com menor investimento traz mais receita para o País", afirmou ele

Jair Bolsonaro: "Estação ecológica é uma canetada minha, nada contra o meio ambiente" (Fabian Sommer/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de maio de 2019 às 06h19.

Brasília - O presidente da República, Jair Bolsonaro , disse nesta quarta-feira (29), que o turismo é o setor econômico que pode trazer mais retorno com o menor investimento para economia nacional e defendeu estímulos ao turismo setorizado, como o religioso e o desportivo - como os de mergulho, pesca subaquática e apneia.

"Temos tudo para, via turismo, ajudar a economia. É o que com menor investimento traz mais receita para o País", afirmou ele durante posse simbólica do novo presidente da Embratur, Gilson Machado. O evento foi organizado para dar mais visibilidade já que Machado assumiu de fato o cargo, com posse oficial, na quinta-feira, dia 23. O presidente deu sinal verde à criação de arrecifes artificiais na costa brasileira, por meio de naufrágios provocados.

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Bolsonaro defendeu novamente a revogação da unidade de conservação na região de Angra dos Reis onde planeja lançar um projeto hoteleiro inspirado no balneário caribenho de Cancún, no México.

O presidente pediu apoio ao Congresso para alterar a Estação Ecológica de Tamoios na véspera, mas, nesta quarta-feira, dia 29, disse que depende de uma "canetada" dele. A Constituição rege que mudanças só podem ser feitas por meio da aprovação de uma lei específica.

Ele disse que a imprensa "fez um carnaval" sobre a declaração dele na véspera, quando afirmou, ao propor a revogação da estação, que a caneta dele tinha mais força que a de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.

"Mas tem força sim", disse Bolsonaro. "Estação ecológica é uma canetada minha, nada contra o meio ambiente.".

Bolsonaro disse que o título de estação ecológica, a mais restritiva, não garante a preservação no local. O presidente foi multado na região de Angra, quando era deputado, por pescar em área restrita. A autuação foi cancelada no governo dele.

"Papel não diz nada. Se meia dúzia de nós quiser ir lá de noite faz barbaridade", afirmou. Bolsonaro ainda revelou que tratou com Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sobre estímulo ao turismo religioso.

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