Economia

Em Davos, Bolsonaro promete apresentar Previdência na volta do Congresso

O governo não deu uma data fechada sobre quando uma votação poderia ocorrer, mas afirmou que será o primeiro trabalho a ser feito

Bolsonaro: Presidente se reuniu com seus ministros além de CEOs e presidentes de algumas das maiores empresas do mundo (Andre Coelho/Bloomberg)

Bolsonaro: Presidente se reuniu com seus ministros além de CEOs e presidentes de algumas das maiores empresas do mundo (Andre Coelho/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de janeiro de 2019 às 17h59.

Última atualização em 22 de janeiro de 2019 às 18h13.

Davos - Se em seu discurso público em Davos o presidente da República, Jair Bolsonaro, deu poucos detalhes sobre a reforma que apresentará para reformular a Previdência, o tom foi diferente quando ele e seus ministros entraram em uma sala exclusiva, apenas com os CEOs e presidentes de algumas das maiores empresas do mundo.

Um dos participantes de uma multinacional contou ao Broadcast que o governo prometeu que o projeto de lei da reforma será apresentado "assim que o novo Congresso se reunir". "Eles nos disseram que essa é a prioridade e que o projeto da reforma será apresentado já nos primeiros dias (da nova Legislatura)", contou o executivo.

O governo não deu uma data fechada sobre quando uma votação poderia ocorrer. Mas insistiu que esse será o primeiro trabalho do governo. Bolsonaro, segundo o executivo que esteve na sala, também admitiu que a reforma pode não sair exatamente como eles previam, já que certas "acomodações" terão de ser feitas para garantir sua aprovação.

No encontro, empresas como a Arcelor Mittal, Embraer ou Nestlé estiveram presentes. Segundo o executivo, a reunião foi marcada por diversas perguntas feitas ao novo governo. Várias delas tocariam na questão da capacidade da nova administração federal de convencer a população sobre a necessidade da reforma. "O que quiseram saber é se haveria uma aceitação popular", disse.

Para os empresários, isso pode ser decisivo, já que testaria a capacidade do governo de manter uma certa taxa de popularidade para continuar a governar.

Durante o encontro, Bolsonaro ainda foi cobrado em relação à proteção ambiental, em especial na Amazônia, e quanto a questões relacionadas com a defesa de indígenas.

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