Economia

BNDES concede R$ 34,3 milhões para fomento da aquicultura

Secretário de Infraestrutura e Fomento do Ministério da Pesca e Aquicultura considerou financiamento muito importante dentro do trabalho desenvolvido pela pasta

Setor de pesca e aquicultura: “Os números estão mostrando que a gente vai chegar a 14,4 quilos ou 14,5 quilos por habitante ao ano”, disse secretário do Ministério da Pesca (Agência Brasil)

Setor de pesca e aquicultura: “Os números estão mostrando que a gente vai chegar a 14,4 quilos ou 14,5 quilos por habitante ao ano”, disse secretário do Ministério da Pesca (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h30.

Rio de Janeiro – Dois financiamentos, no valor global de R$ 34,3 milhões, serão concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) para o desenvolvimento de projetos de investimento produtivo na área aquícola, na região Centro-Oeste, por meio do Programa BNDES Pró-Aquicultura. O anúncio foi feito hoje (9), pela instituição.

O secretário de Infraestrutura e Fomento do Ministério da Pesca e Aquicultura, Eloy Araújo, considerou o financiamento do BNDES muito importante dentro do trabalho desenvolvido pela pasta, que elevou o consumo de pescado no país, ultrapassando, no ano passado, a meta prevista de aproximadamente 13 quilos por habitante/ano.

“Os números estão mostrando que a gente vai chegar a 14,4 quilos ou 14,5 quilos por habitante ao ano”, disse o secretário à Agência Brasil. Esse é o total recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“O Brasil tem conseguido, nos últimos três anos, crescer muito na produção de pescado, principalmente na aquicultura, já que na pesca extrativa a gente tem algumas limitações de frota antiga e de algumas espécies com problema de sub-exportação. Mas eu não tenho dúvidas que a gente tem como produzir muito pescado no Brasil e o ministério busca isso”, disse.

O secretário salientou que o BNDES, atendendo à solicitação do ministério, elaborou um estudo sobre a cadeia da pesca “e entendeu a importância da piscicultura e da aquicultura no país como um negócio gerador de recursos e de empregos”.

Lembrou que o trabalho destaca a aquicultura “como um segundo pré-sal, considerando a capacidade que o Brasil tem de produzir proteína animal, notadamente do pescado”. Embora admita que ainda há muito a ser feito, Eloy Araújo está convicto de que o Brasil alcançará o patamar de um dos maiores produtores de pescado do mundo.

Uma das empresas atendidas pelo empréstimo do BNDES é a Geneseas Aquacultura, situada em Aparecida do Taboado, em Mato Grosso do Sul, que receberá R$ 15,8 milhões para a implantação de dois centros de engorda de peixes e uma unidade industrial de abate, com produção total de 13,3 mil toneladas/ano.

A outra é a Delicious Fish Agroindústria e Comércio de Pescados, no município de Sorriso, em Mato Grosso, cujo financiamento é R$ 18,5 milhões. Os recursos serão investidos na ampliação das instalações produtivas de piscicultura. De acordo com o BNDES, a empresa desenvolve pesquisa controlada para o melhoramento genético e se tornou referência nacional em tecnologia relacionada à piscicultura.

O Pro-Aquicultura foi lançado pelo BNDES, em 2012, com orçamento de R$ 500 milhões e tem por objetivo fomentar a cadeia produtiva do pescado. O prazo de vigência do programa é até 31 de dezembro de 2017. O banco pode financiar até 80% dos investimentos das empresas por meio do Pro-Aquicultura e 100% por meio do Programa de Sustentação do Investimento, para a compra específica de máquinas e equipamentos.

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