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BC testa credibilidade com leilões de títulos mais uma vez

Leilão de títulos da dívida pública e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Esses serão os norteadores dos mercados brasileiros no dia de hoje (28/08). O resultado da pesquisa eleitoral do Ibope, divulgada ontem pelo Jornal Nacional também deve influenciar os negócios. As dúvidas quanto à capacidade de o Banco […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h41.

Leilão de títulos da dívida pública e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Esses serão os norteadores dos mercados brasileiros no dia de hoje (28/08). O resultado da pesquisa eleitoral do Ibope, divulgada ontem pelo Jornal Nacional também deve influenciar os negócios.

As dúvidas quanto à capacidade de o Banco Central rolar as dívidas que estão vencendo voltaram a assustar o mercado. Ontem, o dólar reverteu queda obtida pela queda de Ciro nas pesquisas e fechou em alta de 1,29% (cotado em 3,13 reais), sob influência negativa da operação fracassada de swap cambial --troca de títulos por papéis de prazo de vencimento maior.

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O mercado espera o leilão de hoje para sentir se a credibilidade dos papéis brasileiros está de fato fragilizada.

No leilão de swaps cambiais de terça-feira, o BC não aceitou nenhuma proposta. Hoje, o BC pretende rolar parte do principal do vencimento de cerca de 1,6 bilhão de dólares em títulos cambiais e swaps que ocorrerá em 1 e 2 de setembro. Neste leilão, o serão re-ofertados os swaps cambiais com vencimento em 1/10/2002, 1/11/2002 e 2/12/2002 no valor de até 300 milhões de dólares por vencimento.

Ainda nesta quarta-feira, o Banco Central realizará mais um leilão de troca de dívida, no qual pretende trocar até 500 milhões de reais em LFTs (títulos indexados à Selic), com vencimentos entre 2004 e 2006, por LFTs com vencimento em 20/08/2003. O objetivo é reduzir a volatilidade do mercado e prover mais liquidez aos fundos mútuos. Ontem o BC recomprou 1,82 bilhão de reais em LFTs.

Ata do Copom

A ata do Copom deve apontar quais as condições que levaram o Banco Central a manter os juros estáveis em 18% ao ano e em quais situações o viés de baixa poderia ser executado. Analistas são unânimes: haverá espaço para corte de juros se a taxa de câmbio se mantiver abaixo de 3 reais/US$. O que seria possível, de acordo com os analistas. Nas simulações do Credit Suisse First Boston, por exemplo --que levam em consideração taxa de câmbio de 3 reais/US$ e juros estáveis de 17,5% ao ano--, a previsão de inflação IPCA do BC ficaria abaixo da meta de inflação para 2003, de 4%.

É possível que o BC acredite que a taxa de câmbio se apreciará com os leilões de linha de comércio e uma menor pressão sobre o Balanço de Pagamentos com a possível manutenção do atual nível de linhas de comércio pelos bancos estrangeiros.

Eleição

A Confederação Nacional do Transporte deve divulgar às 11h nova pesquisa presidencial realizada pelo Instituto Sensus. Na última pesquisa do instituto (11-13 agosto), Lula teve 33,4% das intenções de voto, seguido por Ciro (28,6%), Serra (13,4%) e Garotinho (12,1%). Brancos, nulos e indecisos somaram 12,1%. A margem de erro é de 3%.

Outros indicadores

O Tesouro Nacional divulga o resultado primário do governo referente ao mês de julho. As expectativas do mercado giram em torno de um superávit de 2,8 bilhões de reais -- impulsionado pelo aumento das arrecadações no período.

Também será anunciada hoje nota do BC sobre juros e spread bancário (do mês de julho). Leia ao lado o resultado do IPC-Fipe da terceira quadrissemana de agosto, que registrou alta de 1,08%.

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