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BC nega que expectativa para setor externo indique piora da atividade

Segundo chefe do banco , há sazonalidade do dado, especialmente no comércio exterior que apresenta resultados positivos pelo início do embarque da soja

Banco Central: chefe da instituição nota que o resultado das transações correntes também foi positivo nos meses de março, abril, maio e junho de 2017 (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de abril de 2018 às 16h25.

Brasília - O Banco Central ( BC ) prevê que a retomada da atividade deve causar um aumento do déficit em transações correntes em 2018. Apesar dessa estimativa, o resultado anunciado do mês de fevereiro e março veio positivo e há uma perspectiva de um novo superávit em abril.

Apesar desses resultados no azul, o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, diz que os saldos melhores que o esperado não indicam piora da atividade econômica.

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Segundo ele, há sazonalidade do dado, especialmente no comércio exterior que apresenta resultados positivos pelo início do embarque da soja.

"Essas sazonalidades são facilmente explicadas. Se a gente quiser reduzir essa sazonalidade a apenas um produto, a soja começa a ser exportada agora e traz as contas para o campo positivo", disse o técnico, ao apresentar os números.

Rocha nota que o resultado das transações correntes também foi positivo nos meses de março, abril, maio e junho de 2017. Antes, houve saldo positivo em abril e maio de 2016.

Sobre a atividade econômica recente, o técnico do BC disse que "não devemos esperar que a atividade econômica seja sempre uma linha reta".

No começo do ano, disse Rocha, o resultado em transações correntes acabou sendo melhor que o esperado porque houve ingresso de lucros e dividendos por empresas brasileiras com filiais no exterior. "Foi uma receita fora da curva", disse.

Economistas dizem que, com atividade menos intensa, a demanda por bens e serviços do exterior cai, o que poderia melhorar o resultado das contas externas.

Rocha reafirmou a expectativa de que o déficit em conta corrente de 2018 será maior que o observado em 2017 por conta da retomada da atividade neste ano.

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