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Balança comercial tem segundo melhor superávit para meses de novembro

País exportou US$ 4,06 bilhões a mais do que importou no mês passado, superávit apenas inferior ao de novembro de 2016, de US$ 4,8 bilhões

Balança comercial: para o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, o fato de tanto as vendas como as compras externas estarem aumentando mostra melhora no comércio exterior brasileiro (BernardaSv/Thinkstock)
AB

Agência Brasil

Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 18h40.

A balança comercial - diferença entre exportações e importações - registrou o segundo melhor superávit para meses de novembro. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o país exportou 4,062 bilhões de dólares a mais do que importou no mês passado. O saldo só foi inferior ao de novembro de 2016, quando o superávit tinha atingido 4,8 bilhões de dólares.

As exportações somaram 20,922 bilhões de dólares no mês passado, alta de 25,4 por cento em relação a novembro do ano passado pelo critério da média diária. As importações totalizaram 16,860 bilhões de dólares, aumento de 28,3 por cento na mesma comparação, também pela média diária.

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De janeiro a novembro, o saldo da balança comercial somou 51,698 bilhões de dólares, queda de 16,6 por cento em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar do recuo, este é o segundo melhor saldo desde o início da série histórica, em 1989, perdendo apenas para o do ano passado, quando as exportações tinham superado as importações em 61,992 bilhões de dólares.

No acumulado de 2018, as exportações totalizaram 220,002 bilhões de dólares, aumento de 9,4 por cento em relação ao período de janeiro a novembro de 2017. As importações atingiram 168,304 bilhões de dólares, alta de 21,3 por cento. O crescimento das importações em ritmo maior que o das importações provocou o recuo no saldo da balança comercial neste ano. De acordo com o MDIC, as compras do exterior subiram por causa da recuperação da economia.

Para o secretário de Comércio Exterior do MDIC, Abrão Neto, o fato de tanto as vendas como as compras externas estarem aumentando mostra melhora no comércio exterior brasileiro. "Apesar de um superávit expressivo, mas menor que o de 2017, o desempenho do comércio brasileiro supera em qualidade e dimensão os resultados do ano passado. Os valores das exportações e importações do acumulado do ano já ultrapassaram os valores de 2017", disse o secretário. "Temos um comércio mais forte, que criou mais emprego e renda no Brasil este ano."

De janeiro a novembro, as exportações aumentaram 5,5 por cento em preço e 3,5 por cento em volume. Segundo Abrão Neto, os principais destaques do ano foram soja, máquinas e aparelhos de terraplanagem e manufaturados de ferro e aço. Apesar da imposição de quotas pelos Estados Unidos no meio do ano, o aumento das cotações garantiu o recorde nas vendas do produto.

As importações subiram 5,7 por cento em preço e 15 por cento em volume. O secretário, no entanto, informou que parte dessa alta deve-se ao novo Repetro, regime especial de importação de equipamentos para o setor de petróleo e gás. Por causa do novo regime, que entrou em vigor este ano, o país está gradualmente importando plataformas de petróleo que estavam registradas no exterior, o que impacta o saldo da balança comercial.

Estimativas

No ano passado, a balança comercial fechou com saldo positivo de 67 bilhões de dólares, o melhor resultado da história para um ano fechado desde o início da série histórica, em 1989. Para este ano, o MDIC estima superávit em torno de 50 bilhões de dólares, o que seria o segundo melhor resultado da história.

O mercado está mais otimista. Na última edição do boletim Focus, pesquisa semanal divulgada pelo Banco Central, as instituições financeiras projetaram superávit de 58 bilhões de dólares para este ano. No Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro, o Banco Central previu resultado positivo de 55,3 bilhões de dólares, com exportações de 231 bilhões de dólares e importações em 175,7 bilhões de dólares.

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