Balança comercial paulista tem superávit de US$ 3,2 bi em 9 meses
O setor conseguiu escoar mais do que comprar mercadorias fora do país, embora também tenha aumentado as importações
Agência Brasil
Publicado em 24 de outubro de 2017 às 16h21.
As exportações da indústria de transformação paulista somaram US$ 43,9 bilhões no acumulado de janeiro a setembro deste ano, o que significa aumento de 11,1% sobre igual período do ano passado.
O setor conseguiu escoar mais do que comprar mercadorias fora do país, embora também tenha aumentado as importações, com volume de financeiro de US$ 40,7 bilhões, o que significa um aumento 5,3%, superior aos primeiros nove meses de 2016.
Os dados se referem à pesquisa do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) e do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), coletada em 39 diretorias regionais do Ciesp.
As empresas da diretoria regional de São Paulo foram as que mais exportaram, com destaque para açúcar e grãos, atingindo US$ 6,2 bilhões. A quantia, no entanto, foi 6,4% inferior ao período de janeiro a setembro do ano passado.
Em relação às importações, houve avanço de 8,9% (US$ 7,6 bilhões) e as principais encomendas foram de combustíveis, máquinas e materiais elétricos.
As indústrias da região de São José dos Campos ocupam a segunda posição, com alta de 31% nas exportações e queda de 42,1% nas importações, o que resultou no maior saldo comercial dentre todas as regionais do estado, de US$ 4,3 bilhões. O saldo indicou avanço de 191% sobre o registrado no mesmo período do ano passado.
As empresas das diretorias regionais de São Bernardo do Campo ficaram em quarto lugar no ranking de exportação com alta de 25,8%, enquanto as importações tiveram crescimento de 23,3%, efeito do desempenho de retomada do setor automobilístico. Também houve destaque da corrente de comércio da região de Campinas, a segunda maior, principalmente em relação ao crescimento de 33,3% nas importações de máquinas e aparelhos elétricos.
Por meio de nota, o diretor titular do Derex, Thomaz Zanotto, afirmou que os dados mostram boa evolução do desempenho das empresas exportadoras.
Para ele, o aumento das importações, em especial de bens de capital e insumos, " é um indicador positivo de retomada gradual da atividade econômica no estado e no país".
Com base em registros do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Derex observou que ao longo dos primeiros nove meses, a balança comercial brasileira atingiu superávit de US$ 53,3 bilhões, "saldo recorde, superior inclusive ao total registrado em 2016".
As exportações somaram US$ 164,6 bilhões com alta de 18,1% e as importações US$ 111,3 bilhões ou 7,9% mais do que no mesmo período do ano anterior.