Balança comercial em agosto: superavit brasileiro sobe 137% em relação a 2022
Alta em exportações fez com que saldo do país atingisse 9,8 bilhões de dólares de saldo positivo; ano deve fechar com recorde
Redação Exame
Publicado em 1 de setembro de 2023 às 15h20.
Última atualização em 1 de setembro de 2023 às 15h22.
As exportações brasileiras tiveram alta em agosto, de 15,8% em relação ao ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O total enviado ao exterior foi de 31,2 bilhões de dólares em mercadorias. Essa alta, junto a uma forte queda nas importações, de 19,6%, elevou o superavit total da balança comercial em 137,8%. Foram 9,8 bilhões de dólares que o país obteve de saldo.
A alta foi puxada pelo setor agríciola, que teve alta de 16,2% no valor exportado. Soja, milho e café foram os itens mais vendidos. Na indústria extrativa, os principais produtos da pauta foram petróleo bruto e minério de ferro. No entanto, todos estes itens tiveram queda de preço na comparação com 2022.
- Governo divulga dados da balança comercial de agosto nesta sexta; tendência é de alta de superavit
- Após reajuste, gasolina fecha agosto 2,46% mais cara que no início do mês, aponta Ticket Log
- Natura (NTCO3): Conselho dá aval para a venda da The Body Shop
- Valor emprestado pelo Fed a bancos dos EUA sobe US$ 858 milhões, para US$ 110,434 bilhões
- Toyota suspende operações em suas fábricas no Japão devido a uma falha no sistema
- Dia do Bacon: Domino’s e Perdigão darão desconto de 40% em pizzas; veja como conseguir
A China segue como o principal destino das exportações brasileiras, com 30,3% do total. A União Europeia recebeu 13,3% dos itens, e os EUA, 10,8%.
O MDIC prevê que o Brasil deverá registrar um recorde de superavit em 2023, de US$ 84,7 bilhões. Caso se confirme, o superávit será 37,7% mais alto que o saldo positivo de US$ 61,525 bilhões registrado em 2022, até agora o melhor resultado da história.
Segundo o MDIC, dois fatores podem gerar saldo recorde em 2023. Por um lado, os preços de commodities energéticas, como o petróleo, e de itens como fertilizantes, estão em tendência de queda após atingirem um pico no início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Por outro lado, a desaceleração da economia deve provocar queda nas importações, por causa da retração do consumo.
A guerra entre Rússia e Ucrânia tem impactado as importações nos últimos meses. Os preços internacionais dos adubos e dos fertilizantes caíram 55,2% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O preço médio dos combustíveis importados diminuiu 40,4% na mesma comparação. O preço médio do trigo, outro produto que o Brasil importa em grande quantidade, cai 18,6%.
Com Agência Brasil.