Exame Logo

Azevêdo considera essencial reativar negociações na OMC

Negociadores devem injetar vida nova nas negociações comerciais globais, afirmou o novo diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), Roberto Azevêdo

O novo diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo: "é claro que o sistema está em apuros", disse (Alain Grosclaude/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 09h21.

Genebra - Os negociadores devem injetar uma vida nova nas negociações comerciais globais em algumas semanas ou correm o risco de ver o mundo voltar ao protecionismo e aos acordos regionais, afirmou o novo diretor-geral da Organização Mundial de Comércio ( OMC ), o brasileiro Roberto Azevêdo, nesta segunda-feira.

Em seu primeiro discurso aos 159 membros da organização, o brasileiro advertiu que eles devem romper o impasse a tempo ou cancelar o encontro em Bali, marcado para dezembro.

"É claro que o sistema está em apuros", disse Azevêdo em sua sessão de estreia no Conselho Geral da OMC.

"A percepção do mundo é que nos esquecemos de como negociar. A percepção é de paralisia. É essencial que lancemos uma vida nova no processo de negociação. É por isso que o sucesso em Bali é vital", disse.

"Os benefícios do sucesso seriam ótimos, mas as consequências do fracasso seriam ainda maiores. O futuro do sistema multilateral de comércio está em jogo. Aqueles que perdem mais são os menores e os mais vulneráveis", afirmou.


Os membros da OMC, órgão que define as regras do comércio global, lançaram as negociações da "Rodada de Doha" em um encontro no Qatar em 2001.

Eles tinham por objetivo criar um acordo global sobre abertura de mercados e eliminar barreiras comerciais, tais como subsídios, impostos excessivos e burocracia, além de aproveitar o comércio internacional para desenvolver as economias mais pobres.

Mas depois de um início com esperanças elevadas, as negociações ficaram paralisadas em meio a disputas sobre o que dar e receber, principalmente entre China, União Europeia, Índia e Estados Unidos.

"O mundo não vai esperar pela OMC indefinidamente. Ele vai seguir em frente e vai seguir em frente com escolhas que não serão tão eficientes ou tão inclusivas", alertou Azevêdo.

"Precisamos manter a vigilância contra o protecionismo", acrescentou.

O fracasso para quebrar o impasse de Doha levou muitos países a se focarem em acordos bilaterais e regionais, que, por definição, excluem outros membros da OMC.

E a crise financeira mundial trouxe com ela novamente o fantasma do protecionismo, que vai contra os objetivos do órgão de um comércio de concorrência equitativa.

"O sistema multilateral de comércio continua sendo, de longe, a melhor defesa contra o protecionismo e a maior força para o crescimento, a recuperação e o desenvolvimento", completou Azevêdo.

Veja também

Genebra - Os negociadores devem injetar uma vida nova nas negociações comerciais globais em algumas semanas ou correm o risco de ver o mundo voltar ao protecionismo e aos acordos regionais, afirmou o novo diretor-geral da Organização Mundial de Comércio ( OMC ), o brasileiro Roberto Azevêdo, nesta segunda-feira.

Em seu primeiro discurso aos 159 membros da organização, o brasileiro advertiu que eles devem romper o impasse a tempo ou cancelar o encontro em Bali, marcado para dezembro.

"É claro que o sistema está em apuros", disse Azevêdo em sua sessão de estreia no Conselho Geral da OMC.

"A percepção do mundo é que nos esquecemos de como negociar. A percepção é de paralisia. É essencial que lancemos uma vida nova no processo de negociação. É por isso que o sucesso em Bali é vital", disse.

"Os benefícios do sucesso seriam ótimos, mas as consequências do fracasso seriam ainda maiores. O futuro do sistema multilateral de comércio está em jogo. Aqueles que perdem mais são os menores e os mais vulneráveis", afirmou.


Os membros da OMC, órgão que define as regras do comércio global, lançaram as negociações da "Rodada de Doha" em um encontro no Qatar em 2001.

Eles tinham por objetivo criar um acordo global sobre abertura de mercados e eliminar barreiras comerciais, tais como subsídios, impostos excessivos e burocracia, além de aproveitar o comércio internacional para desenvolver as economias mais pobres.

Mas depois de um início com esperanças elevadas, as negociações ficaram paralisadas em meio a disputas sobre o que dar e receber, principalmente entre China, União Europeia, Índia e Estados Unidos.

"O mundo não vai esperar pela OMC indefinidamente. Ele vai seguir em frente e vai seguir em frente com escolhas que não serão tão eficientes ou tão inclusivas", alertou Azevêdo.

"Precisamos manter a vigilância contra o protecionismo", acrescentou.

O fracasso para quebrar o impasse de Doha levou muitos países a se focarem em acordos bilaterais e regionais, que, por definição, excluem outros membros da OMC.

E a crise financeira mundial trouxe com ela novamente o fantasma do protecionismo, que vai contra os objetivos do órgão de um comércio de concorrência equitativa.

"O sistema multilateral de comércio continua sendo, de longe, a melhor defesa contra o protecionismo e a maior força para o crescimento, a recuperação e o desenvolvimento", completou Azevêdo.

Acompanhe tudo sobre:ComércioNegociaçõesOMC – Organização Mundial do Comércio

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame