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Atividade econômica encolhe 0,99% no 2º trimestre, aponta BC

Apesar da contração, país recuperou em junho todas as perdas sofridas com a greve dos caminhoneiros

Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses (Pilar Olivares/Reuters)
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Reuters

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 09h37.

Última atualização em 15 de agosto de 2018 às 09h55.

São Paulo - A economia brasileira conseguiu recuperar em junho todas as perdas sofridas no mês anterior por conta da greve dos caminhoneiros, mas ainda assim fechou o segundo trimestre com contração, a primeira depois de cinco períodos seguidos no azul.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 3,29 por cento em junho, compensando totalmente a queda de 3,28 por cento vista no mês anterior, informou o BC nesta quarta-feira.

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O dado de maio foi revisado pelo BC, que apontou antes queda de 3,34 por cento, já a pior leitura mensal na série histórica do indicador, iniciada em 2003.

O resultado mensal veio melhor que a expectativa de analistas em pesquisa da Reuters de expansão de 3 por cento.

Ainda assim, a economia brasileira fechou o segundo trimestre com queda de 0,99 por cento em relação aos três meses anteriores, depois de ter subido 0,20 por cento entre janeiro e março na mesma base de comparação.

Em maio o país sofreu com a paralisação dos caminhoneiros, que prejudicou diretamente a atividade e abalou ainda mais a confiança de empresariado e consumidores.

Indicadores após esse período já mostraram alguma recuperação, mas não o suficiente para evitar que as projeções dos agentes econômicos sobre o PIB não sofressem reduções para este ano.

Em junho, por exemplo, a produção industrial brasileira saltou 13,1 por cento sobre o mês anterior, apagando os efeitos negativos provocados pela paralisação nas rodovias.

Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC junto a uma centena de economistas todas as semanas, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passou a 1,49 por cento este ano, frente a 3 por cento há poucos meses.

Ainda que a inflação e os juros sigam em níveis baixos, o desemprego elevado tem contido o consumo, barrando melhora mais significativa da economia num ano também marcado por incertezas ligadas às eleições presidenciais, quadro que tem entrado com cada vez mais força no radar dos agentes econômicos.

O IBGE divulga os dados do PIB do segundo trimestre no dia 31 de agosto. De janeiro a março de 2018, o crescimento foi de 0,4 por cento sobre os três meses anteriores, marcando o quinto período seguido no azul, com ajuda da agropecuária.

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