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Atividade da indústria nos EUA em dezembro foi a mais fraca em uma década

Instituto americano disse que o índice de atividade manufatureira nacional caiu de 48,1 em novembro para 47,2 no mês passado

Indústria: dados do setor manufatureiro e de construção foram divulgados nesta sexta-feira nos Estados Unidos (Getty Images/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 14h40.

O setor manufatureiro dos Estados Unidos recuou em dezembro no maior ritmo em mais de uma década, com os volumes de pedidos caindo para uma mínima em quase 11 anos e o emprego nas fábricas diminuindo pelo quinto mês consecutivo, de acordo com um relatório do setor divulgado nesta sexta-feira.

O Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) disse que seu índice de atividade manufatureira nacional caiu para 47,2 no mês passado, ante 48,1 em novembro. É a leitura mais baixa desde junho de 2009, frustrando expectativas de uma acomodação no ritmo de declínio de um setor afetado pela guerra comercial EUA-China.

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Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor manufatureiro e, abaixo de 50, contração. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o índice tivesse leve alta a 49,0.

O setor manufatureiro esteve sob pressão durante grande parte do segundo semestre de 2019, com tarifas mútuas entre Washington e Pequim diminuindo o fluxo de mercadorias entre as duas maiores economias do mundo e contribuindo para um arrefecimento no ritmo do crescimento econômico global.

No mês passado, os dois lados anunciaram a fase 1 de um acordo que parece ter aliviado as tensões por enquanto, e Trump nesta semana disse que o acordo seria assinado em 15 de janeiro em Washington.

Ainda assim, o acordo parece ter sido alcançado tarde demais no mês para gerar a esperada reversão na desaceleração do setor industrial. Os principais subíndices de atividade do ISM registraram mínimas de vários anos no mês passado.

O índice de emprego do ISM caiu para 45,1 em dezembro, de 46,6 em novembro, menor leitura desde janeiro de 2016. E os novos pedidos caíram de 47,2 para 46,8, patamar mais baixo desde abril de 2009.

O índice de preços pagos, no entanto, registrou sua primeira leitura acima de 50 desde maio, passando de 46,7 em novembro para 51,7 em dezembro.

Gastos com construção

Outro índice divulgado nesta sexta, os gastos com construção nos Estados Unidos subiram mais do que o esperado em novembro e as construtoras também gastaram mais nos meses anteriores do que o estimado anteriormente, um sinal de que o setor imobiliário está dando algum apoio ao crescimento econômico norte-americano.

O Departamento de Comércio dos EUA informou que os gastos com construção aumentaram 0,6% em novembro, superando a previsão de consenso de analistas de um ganho de 0,3%.

Os dados de outubro e setembro foram revisados para mostrar aumentos nos gastos, uma reversão em relação às estimativas anteriores de contrações durante esses meses.

O ganho em novembro foi impulsionado por um aumento de 1,9% na construção de residências.

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