Economia

Ásia é a região mais prejudicada pelo aumento do petróleo

Na China, estima-se que cada alta de 10 dólares no preço do barril reduza a expansão do PIB em 0,4 ponto percentual

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

Justamente por apresentar algumas das maiores taxas de crescimento econômico, a Ásia também é a região mais vulnerável aos sucessivos aumentos do preço do petróleo. Para muitos analistas, as medidas adotadas pelos governos locais para conter os efeitos dos reajustes podem não ser suficientes para evitar o impacto sobre a economia. "Nós esperamos uma aguda queda no crescimento regional, com a desaceleração atingindo seu pico no segundo trimestre de 2005", afirma o economista Rob Subbaraman, do banco de investimentos Lheman Brothers.

Segundo Subbaraman, Coréia do Sul, Tailândia e Filipinas são os países mais expostos à crise do petróleo. Na outra ponta, está o Japão que, apesar das altas do petróleo, continua registrando as maiores taxas de crescimento em mais de uma década. No geral, os governos locais tentam atenuar os aumentos do petróleo pelo corte das taxas de juros, corte de impostos sobre derivados e, até, determinando que os estabelecimentos comerciais fechem mais cedo para pouparem energia.

Apesar das medidas, as autoridades asiáticas já começam a se preocupar com a desaceleração da economia, segundo o americano The Wall Street Journal. A China, por exemplo, corre o risco de ver sua economia frear de modo brusco, contrariando as ações do governo para desacelerá-la gradualmente, a fim de evitar pressões inflacionárias. As importações chinesas de óleo cru saltaram 41% em julho sobre igual mês do ano passado, somando 2,27 milhões de barris por dia. Para o economista Yiping Huang, do banco Smith Barney, cada vez que o barril de petróleo sobe 10 dólares, a economia chinesa desacelera até 0,4 ponto percentual e a inflação do país sobe de 0,2 a 0,3 ponto percentual.

O preço do petróleo não dá sinais de que parará de subir. Os contratos de óleo cru para entrega futura em setembro fecharam a sexta-feira (20/8) com cotação de 49,40 dólares por barril na bolsa de Nova York. O valor é 84 centavos maior que a cotação do dia anterior.

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