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Após crises, colheitas nos EUA sinalizam era de abundância

Durante boa parte dos últimos seis anos, os mercados globais de grãos saltaram de uma crise agrícola para a outra

Colheita de grãos: operadores vão brigar por uma participação no mercado ao invés de lutar para obter suprimentos (ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 12h36.

São Paulo - Durante boa parte dos últimos seis anos, os mercados globais de grãos saltaram de uma crise agrícola para a outra, mantendo os estoques baixos e os preços dos alimentos altos.

Agora, enquanto máquinas a todo no Meio-Oeste dos EUA se preparam para colher a maior safra de milho da história da nação, uma mudança da maré parece inevitável e tem a capacidade de transformar o mercado.

Os constantes temores sobre uma possível escassez não serão mais os fatores que moverão os preços. Em vez disso, os operadores vão brigar por uma participação no mercado ao invés de lutar para obter suprimentos.

Porém, alertam especialistas, não estamos lá ainda. Será necessário pelo menos mais um ciclo agrícola sem problemas para que se possa deixar com segurança os últimos anos de preços de alimentos incomodamente altos para trás.

Os estoques globais, embora estejam se recuperando, ainda estão bastante abaixo do nível de cerca de 80 dias de demanda em estoque capaz de evitar o pânico.

Primordial dentre as preocupações está o temor de que a demanda por safras no mercado físico acelere agora que os preços por produtos como milho e trigo recuaram para praticamente metade de seu valor. Enquanto isso, custos ainda altos por insumos como fertilizantes, sementes e combustível podem arrefecer o entusiasmo de alguns agricultores de manter o ritmo de produção no máximo.

"Nós ainda não estamos de forma alguma fora de perigo", disse John Baize, presidente da John C. Baize e Associados, consultoria agrícola internacional de mercado e políticas.


"Nós estamos chegando em um ponto em que temos que ter grandes safras quase todos os anos, ou então teremos problemas, uma vez que a demanda está crescendo muito rapidamente." A boa colheita norte-americana neste outono no hemisfério norte vem após grandes safras em outras importantes regiões produtoras e exportadoras do mundo, incluindo a América do Sul e a região do Mar Negro, que se recupera de recentes e severas secas, as quais sacudiram o mercado internacional de grãos e geraram agitações em vários países dependentes de importações.

Os próprios EUA estão a somente um ano de distância da sua pior seca desde a década de 1930.

Um relatório do Departamento de Agricultura dos EUA deve ser divulgado nesta segunda-feira e deve dar um ponto final aos anos de problemas com as safras globais, mostrando que os estoques norte-americanos de milho até 1 de setembro --antes da atual colheita, atualmente em curso-- atingira seu menor nível em 17 anos. Os estoques de soja dos EUA estão estimados em uma mínima de nove anos.

Para os operadores de grãos, os dados de segunda-feira já não são novidades, com um foco firme nas projeções do USDA de que as safras recordes globais de milho, soja e trigo deste ano irão resultar em um ganho significativo nos estoques de final de safra do próximo ano.

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São Paulo - Durante boa parte dos últimos seis anos, os mercados globais de grãos saltaram de uma crise agrícola para a outra, mantendo os estoques baixos e os preços dos alimentos altos.

Agora, enquanto máquinas a todo no Meio-Oeste dos EUA se preparam para colher a maior safra de milho da história da nação, uma mudança da maré parece inevitável e tem a capacidade de transformar o mercado.

Os constantes temores sobre uma possível escassez não serão mais os fatores que moverão os preços. Em vez disso, os operadores vão brigar por uma participação no mercado ao invés de lutar para obter suprimentos.

Porém, alertam especialistas, não estamos lá ainda. Será necessário pelo menos mais um ciclo agrícola sem problemas para que se possa deixar com segurança os últimos anos de preços de alimentos incomodamente altos para trás.

Os estoques globais, embora estejam se recuperando, ainda estão bastante abaixo do nível de cerca de 80 dias de demanda em estoque capaz de evitar o pânico.

Primordial dentre as preocupações está o temor de que a demanda por safras no mercado físico acelere agora que os preços por produtos como milho e trigo recuaram para praticamente metade de seu valor. Enquanto isso, custos ainda altos por insumos como fertilizantes, sementes e combustível podem arrefecer o entusiasmo de alguns agricultores de manter o ritmo de produção no máximo.

"Nós ainda não estamos de forma alguma fora de perigo", disse John Baize, presidente da John C. Baize e Associados, consultoria agrícola internacional de mercado e políticas.


"Nós estamos chegando em um ponto em que temos que ter grandes safras quase todos os anos, ou então teremos problemas, uma vez que a demanda está crescendo muito rapidamente." A boa colheita norte-americana neste outono no hemisfério norte vem após grandes safras em outras importantes regiões produtoras e exportadoras do mundo, incluindo a América do Sul e a região do Mar Negro, que se recupera de recentes e severas secas, as quais sacudiram o mercado internacional de grãos e geraram agitações em vários países dependentes de importações.

Os próprios EUA estão a somente um ano de distância da sua pior seca desde a década de 1930.

Um relatório do Departamento de Agricultura dos EUA deve ser divulgado nesta segunda-feira e deve dar um ponto final aos anos de problemas com as safras globais, mostrando que os estoques norte-americanos de milho até 1 de setembro --antes da atual colheita, atualmente em curso-- atingira seu menor nível em 17 anos. Os estoques de soja dos EUA estão estimados em uma mínima de nove anos.

Para os operadores de grãos, os dados de segunda-feira já não são novidades, com um foco firme nas projeções do USDA de que as safras recordes globais de milho, soja e trigo deste ano irão resultar em um ganho significativo nos estoques de final de safra do próximo ano.

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