Analistas mostram ceticismo sobre meta fiscal de 2017
Economistas estão céticos quanto ao cumprimento da meta fiscal no ano que vem, estimada em déficit de R$ 143,1 bilhões
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2016 às 10h32.
São Paulo - O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda , Carlos Hamilton, se reuniu ontem, em São Paulo, com economistas que participam do Relatório Prisma Fiscal. A ideia da Pasta é que os encontros ocorram nos moldes dos realizados trimestralmente pelo Banco Central (BC) com analistas do mercado financeiro, só que com foco na área fiscal. Ainda não foi definido, contudo, o cronograma das reuniões da Fazenda. Mas a próxima pode acontecer em novembro.
O Relatório Prisma Fiscal traz as expectativas do mercado financeiro para o resultado do governo central dos próximos três meses, arrecadação, despesas e relação da dívida bruta com o PIB.
Nesse primeiro encontro, Carlos Hamilton se deparou com economistas céticos quanto ao cumprimento da meta fiscal no ano que vem, estimada em déficit de R$ 143,1 bilhões. Além disso, muitos reforçaram que o País pode voltar a registrar superávit primário somente em 2020, afirmou um analista. Só que para que isso aconteça, será preciso que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui o teto de gastos, seja aprovada "por inteiro".
Ainda assim, contou o economista, alguns participantes disseram que será necessária a adoção de impostos e de uma "profunda" reforma previdenciária para complementar o ajuste fiscal. "Só a PEC do teto é insuficiente para fazer atingir a meta, não fará o ajuste totalmente. Mas, se tiver aumento de impostos, só depois das eleições municipais", afirmou.
Temor
Os analistas demonstraram ainda temor quanto às perspectivas da situação financeira de Estados e municípios em 2017. "Há dúvidas de que Estados e municípios voltem a ser problema, podendo apresentar caixa ruim depois das eleições municipais", completou uma fonte.
O secretário teria feito comentários pontuais durante a reunião, de acordo com outro participante. Segundo ele, Carlos Hamilton teria dito que as receitas podem ser maiores no próximo ano do que o estimado pelo mercado, já que a economia dá sinais de retomada. Contudo, os analistas não mostraram um consenso quanto às expectativas de recuperação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "As previsões para o PIB do ano que vem estão na faixa de 0,50% a 2,5%", relatou o interlocutor.
No encontro no fim da manhã desta sexta-feira, cerca de 30 analistas estiveram com Carlos Hamilton. Também participou da reunião o secretário adjunto de Política Fiscal e Tributária, Jeferson Luis Bittencourt. De acordo com as fontes ouvidas, o secretário fez uma explanação sobre o relatório elaborado pela Fazenda. "Contou como é elaborado e falou um pouco da história do documento, sem novidades", disse a fonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda , Carlos Hamilton, se reuniu ontem, em São Paulo, com economistas que participam do Relatório Prisma Fiscal. A ideia da Pasta é que os encontros ocorram nos moldes dos realizados trimestralmente pelo Banco Central (BC) com analistas do mercado financeiro, só que com foco na área fiscal. Ainda não foi definido, contudo, o cronograma das reuniões da Fazenda. Mas a próxima pode acontecer em novembro.
O Relatório Prisma Fiscal traz as expectativas do mercado financeiro para o resultado do governo central dos próximos três meses, arrecadação, despesas e relação da dívida bruta com o PIB.
Nesse primeiro encontro, Carlos Hamilton se deparou com economistas céticos quanto ao cumprimento da meta fiscal no ano que vem, estimada em déficit de R$ 143,1 bilhões. Além disso, muitos reforçaram que o País pode voltar a registrar superávit primário somente em 2020, afirmou um analista. Só que para que isso aconteça, será preciso que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui o teto de gastos, seja aprovada "por inteiro".
Ainda assim, contou o economista, alguns participantes disseram que será necessária a adoção de impostos e de uma "profunda" reforma previdenciária para complementar o ajuste fiscal. "Só a PEC do teto é insuficiente para fazer atingir a meta, não fará o ajuste totalmente. Mas, se tiver aumento de impostos, só depois das eleições municipais", afirmou.
Temor
Os analistas demonstraram ainda temor quanto às perspectivas da situação financeira de Estados e municípios em 2017. "Há dúvidas de que Estados e municípios voltem a ser problema, podendo apresentar caixa ruim depois das eleições municipais", completou uma fonte.
O secretário teria feito comentários pontuais durante a reunião, de acordo com outro participante. Segundo ele, Carlos Hamilton teria dito que as receitas podem ser maiores no próximo ano do que o estimado pelo mercado, já que a economia dá sinais de retomada. Contudo, os analistas não mostraram um consenso quanto às expectativas de recuperação do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "As previsões para o PIB do ano que vem estão na faixa de 0,50% a 2,5%", relatou o interlocutor.
No encontro no fim da manhã desta sexta-feira, cerca de 30 analistas estiveram com Carlos Hamilton. Também participou da reunião o secretário adjunto de Política Fiscal e Tributária, Jeferson Luis Bittencourt. De acordo com as fontes ouvidas, o secretário fez uma explanação sobre o relatório elaborado pela Fazenda. "Contou como é elaborado e falou um pouco da história do documento, sem novidades", disse a fonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.