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Analistas esperam mais cortes da taxa básica de juros

Para a maioria das instituições financeiras, o Banco Central dará continuidade ao afrouxamento monetário

Diretores do Copom em reunião (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2011 às 09h38.

São Paulo - A maior parte das instituições financeiras consultadas pelo Agência Estado Projeções acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central dará continuidade ao afrouxamento monetário este ano e também em 2012. De 74 instituições consultadas sobre a reunião do Copom na semana que vem, 59 fizeram estimativas para a taxa básica de juros (Selic) ao final em 2012. Para boa parte dos analistas, o cenário interno e externo dificulta as projeções.

Entre as instituições que divulgaram suas estimativas, é possível observar divergências nas projeções sobre a trajetória da taxa no ano que vem. Enquanto algumas casas esperam que a Selic será mantida no mesmo nível em que encerrará 2011, outras acreditam que os cortes vão prosseguir ao longo de 2012. Uma terceira corrente aposta até em retomada de um ciclo de alta de juro no ano que vem.

O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, acredita que o processo de afrouxamento monetário deverá ser paulatino, com mais dois cortes de 0,50 ponto da Selic em 2011 e nível de 10,50% no fim do ano que vem. Na sua avaliação, o desenrolar da crise externa deve trazer efeitos negativos, "mas não será terrivelmente ruim". Perfeito lembra que o cálculo político deve pesar. Para o economista, o governo tende a guardar munição no curto prazo, para acelerar o ritmo da economia em 2013 e 2014, quando haverá a Copa do Mundo e eleições.

Dificuldade

Depois do fim inesperado da trajetória de alta da taxa de juros em agosto de 2011, quando o Copom reduziu a taxa em 0,50 ponto, para 12,00%, muitos analistas alegam que ficou mais difícil prever o rumo da política monetária. É o caso da economista-chefe da Link Investimentos, Marianna Costa. A economista observa que durante a crise de 2008 havia uma clara preferência do governo em expandir a política fiscal e segurar a monetária. "Agora, acontece o inverso: o governo está segurando o fiscal e afrouxando o monetário".

Na avaliação dela, a cada informação ou dado mostrando deterioração da economia internacional, a chance de a taxa de juros subir fica menos provável.

A economista prevê queda de 0,50 ponto na Selic na reunião da próxima semana, com a taxa fechando em 11,00% este ano.

A MB Associados também espera que a Selic feche o ano que vem em 12,00%. O economista-chefe da instituição, Sérgio Vale, avalia que em algum momento do ano que vem o BC perceberá a dificuldade de alcançar o centro da meta de inflação em 2012 e 2013, de 4,5%, e será instado a aumentar a Selic novamente. Para ele, a Selic sofrerá duas reduções de 0,5 ponto este ano, com a taxa terminando em 11,00%.

Com uma das previsões mais baixas do levantamento, o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal, prevê que a Selic encerrará 2012 no patamar de 9%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - A maior parte das instituições financeiras consultadas pelo Agência Estado Projeções acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central dará continuidade ao afrouxamento monetário este ano e também em 2012. De 74 instituições consultadas sobre a reunião do Copom na semana que vem, 59 fizeram estimativas para a taxa básica de juros (Selic) ao final em 2012. Para boa parte dos analistas, o cenário interno e externo dificulta as projeções.

Entre as instituições que divulgaram suas estimativas, é possível observar divergências nas projeções sobre a trajetória da taxa no ano que vem. Enquanto algumas casas esperam que a Selic será mantida no mesmo nível em que encerrará 2011, outras acreditam que os cortes vão prosseguir ao longo de 2012. Uma terceira corrente aposta até em retomada de um ciclo de alta de juro no ano que vem.

O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, acredita que o processo de afrouxamento monetário deverá ser paulatino, com mais dois cortes de 0,50 ponto da Selic em 2011 e nível de 10,50% no fim do ano que vem. Na sua avaliação, o desenrolar da crise externa deve trazer efeitos negativos, "mas não será terrivelmente ruim". Perfeito lembra que o cálculo político deve pesar. Para o economista, o governo tende a guardar munição no curto prazo, para acelerar o ritmo da economia em 2013 e 2014, quando haverá a Copa do Mundo e eleições.

Dificuldade

Depois do fim inesperado da trajetória de alta da taxa de juros em agosto de 2011, quando o Copom reduziu a taxa em 0,50 ponto, para 12,00%, muitos analistas alegam que ficou mais difícil prever o rumo da política monetária. É o caso da economista-chefe da Link Investimentos, Marianna Costa. A economista observa que durante a crise de 2008 havia uma clara preferência do governo em expandir a política fiscal e segurar a monetária. "Agora, acontece o inverso: o governo está segurando o fiscal e afrouxando o monetário".

Na avaliação dela, a cada informação ou dado mostrando deterioração da economia internacional, a chance de a taxa de juros subir fica menos provável.

A economista prevê queda de 0,50 ponto na Selic na reunião da próxima semana, com a taxa fechando em 11,00% este ano.

A MB Associados também espera que a Selic feche o ano que vem em 12,00%. O economista-chefe da instituição, Sérgio Vale, avalia que em algum momento do ano que vem o BC perceberá a dificuldade de alcançar o centro da meta de inflação em 2012 e 2013, de 4,5%, e será instado a aumentar a Selic novamente. Para ele, a Selic sofrerá duas reduções de 0,5 ponto este ano, com a taxa terminando em 11,00%.

Com uma das previsões mais baixas do levantamento, o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luis Otávio de Souza Leal, prevê que a Selic encerrará 2012 no patamar de 9%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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