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Amorim e Zoellick aparam arestas para evitar fracasso em Miami

São Paulo, 10 de novembro (Portal EXAME) A uma semana da reunião em Miami que reunirá representantes dos 34 países que negociam a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o Brasil aceitou neste fim-de-semana concentrar o debate sobre redução dos subsídios agrícolas praticados nos EUA uma de suas principais reivindicações no âmbito […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h46.

São Paulo, 10 de novembro (Portal EXAME) A uma semana da reunião em Miami que reunirá representantes dos 34 países que negociam a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), o Brasil aceitou neste fim-de-semana concentrar o debate sobre redução dos subsídios agrícolas praticados nos EUA uma de suas principais reivindicações no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), desde que o mesmo ocorra com temas sensíveis à economia brasileira.

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e Robert Zoellick, representante de comércio dos EUA, reuniram-se informalmente em Washington com outros 14 países do continente entre a sexta-feira (7/11) e sábado (8/11) com o objetivo de preparar a pauta para a próxima semana. O ministro Amorim também manteve um encontro reservado sexta-feira com o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell.

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Em troca do recuo brasileiro, os EUA deixariam de insistir no estabelecimento de regras comuns de proteção de marcas e patentes, compras governamentais, investimentos e serviços. Assim, o foco do processo de formação da Alca seria a redução de tarifas e eliminação de outras barreiras ao livre comércio.

Em entrevista concedida sábado, Amorim avaliou que a iniciativa resultou em boa base para a plenária em Miami, de 17/11 a 21/11, cujo alvo será acordar os parâmetros gerais de negociação. Segundo a edição desta segunda-feira do The New York Times, o ministro declarou que compreende as limitações dos EUA para obter uma eliminação dos subsídios na agricultura. Ouvimos isso uma centena de vezes e finalmente entendemos , disse, segundo o jornal americano, que qualificou o resultado do encontro como uma trégua .

Amorim explicou que o princípio que orienta a ação brasileira é de diferentes níveis de compromisso em diferentes áreas , ao mesmo tempo em que se conserva a integridade do processo de criação da Alca. Isso significa que um país poderá negar-se a aderir a determinadas cláusulas do acordo (opt-out), sem inviabilizar com isso a formação do bloco.

Zoellick preferiu não fazer comentários. Um funcionário de sua equipe falou à imprensa, mas não mencionou qualquer compromisso entre as partes, referindo-se ao encontro como útil. Desde a reunião da OMC em Cancún, em setembro, o clima entre Brasil e EUA tem sido marcado por acusações mútuas de indisposição para reais concessões comerciais.

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