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América do Sul e África têm importância econômica, diz Dilma

A presidente também destacou o passado comum entre as duas regiões

Dilma durante chegada a Malabo, para participar da III Cúpula América do Sul - África: para a presidente, será possível “reduzir a distância” entre os sul-americanos e africanos (Roberto Stuckert Filho/PR)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 10h22.

Brasília – A presidente Dilma Rousseff destacou hoje (22) a importância do crescimento econômico nos países da América do Sul e da África e o passado comum entre as duas regiões. Dilma está em Malabo, na Guiné Equatorial, onde participa da 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo América do Sul-África (ASA). Segundo ela, o século 21 será um período de destaque para os países sul-americanos e africanos.

Para a presidente, será possível “reduzir a distância” entre os sul-americanos e africanos e os países em desenvolvimento. Dilma lembrou que o momento atual é diferente do passado que ligou a África às Américas por meio da escravidão. “Viva a Unasul [União de Nações Sul-Americanas], a América do Sul e a África!”, disse a presidente.

Dilma tem atividades durante todo o dia, com almoço, reuniões e encerramento da agenda previsto para as 18h30 (14h30 em Brasília). A presidente viajou acompanhada por vários ministros, como Antonio Patriota (Relações Exteriores), Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

A Cúpula América do Sul-África (ASA) representa a consolidação de compromissos baseados na integração sul-americana e no aprofundamento das relações com o Continente Africano. A união entre os países das duas regiões resulta em um grande território com uma diversidade de recursos naturais e biodiversidade, além de uma população de 1,4 bilhão de pessoas.


As economias das regiões somam um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 6 trilhões. O intercâmbio comercial entre as duas regiões aumentou no período de 2002 a 2011. Pelos dados do governo brasileiros, o comércio entre o Brasil e a África passou de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012

Também está em discussão a campanha para a ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que atualmente tem 15 integrantes. Não há membros africanos ou sul-americanos entre os que detêm o status de membro permanente no órgão. Durante a cúpula, o governo brasileiro aproveita para fazer campanha em favor do embaixador Roberto de Azevêdo, que disputa o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Ontem (21) o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, lembrou que os países da América do Sul e África têm como “desafios comuns” a erradicação da pobreza, a garantia da segurança pública, a promoção da competitividade econômica e a distribuição mais equitativa da renda proveniente de recursos naturais.

O ministro lembrou a história que une a América do Sul e a África: “A verdade é que a África civilizou boa parte da América do Sul, o que faz deste um encontro entre irmãos. No passado, o Atlântico Sul foi marcado por séculos de violações sistemáticas dos direitos humanos em que milhões de africanos migraram para o nosso continente como escravos.”

Em seguida, Patriota ressaltou que: “Hoje, em contraste, com aquele passado atentatório à dignidade humana, trabalhamos juntos para a construção, em nossas regiões, de sociedades que conjuguem paz, desenvolvimento sustentável e justiça social, em benefício de uma ordem internacional mais democrática.”

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Para a presidente, será possível “reduzir a distância” entre os sul-americanos e africanos e os países em desenvolvimento. Dilma lembrou que o momento atual é diferente do passado que ligou a África às Américas por meio da escravidão. “Viva a Unasul [União de Nações Sul-Americanas], a América do Sul e a África!”, disse a presidente.

Dilma tem atividades durante todo o dia, com almoço, reuniões e encerramento da agenda previsto para as 18h30 (14h30 em Brasília). A presidente viajou acompanhada por vários ministros, como Antonio Patriota (Relações Exteriores), Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

A Cúpula América do Sul-África (ASA) representa a consolidação de compromissos baseados na integração sul-americana e no aprofundamento das relações com o Continente Africano. A união entre os países das duas regiões resulta em um grande território com uma diversidade de recursos naturais e biodiversidade, além de uma população de 1,4 bilhão de pessoas.


As economias das regiões somam um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de US$ 6 trilhões. O intercâmbio comercial entre as duas regiões aumentou no período de 2002 a 2011. Pelos dados do governo brasileiros, o comércio entre o Brasil e a África passou de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012

Também está em discussão a campanha para a ampliação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que atualmente tem 15 integrantes. Não há membros africanos ou sul-americanos entre os que detêm o status de membro permanente no órgão. Durante a cúpula, o governo brasileiro aproveita para fazer campanha em favor do embaixador Roberto de Azevêdo, que disputa o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Ontem (21) o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, lembrou que os países da América do Sul e África têm como “desafios comuns” a erradicação da pobreza, a garantia da segurança pública, a promoção da competitividade econômica e a distribuição mais equitativa da renda proveniente de recursos naturais.

O ministro lembrou a história que une a América do Sul e a África: “A verdade é que a África civilizou boa parte da América do Sul, o que faz deste um encontro entre irmãos. No passado, o Atlântico Sul foi marcado por séculos de violações sistemáticas dos direitos humanos em que milhões de africanos migraram para o nosso continente como escravos.”

Em seguida, Patriota ressaltou que: “Hoje, em contraste, com aquele passado atentatório à dignidade humana, trabalhamos juntos para a construção, em nossas regiões, de sociedades que conjuguem paz, desenvolvimento sustentável e justiça social, em benefício de uma ordem internacional mais democrática.”

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