Ameaça de sanções à Síria divide Conselho de Segurança da ONU
O Conselho tem até o dia 20 para definir o futuro da missão de observação da ONU na Síria
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2012 às 22h30.
Nações Unidas - O mediador internacional Kofi Annan pediu nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança da ONU que alerte o governo e a oposição da Síria para as "claras consequências" em caso de descumprimento do seu plano destinado a encerrar 16 meses de conflito no país.
Mas os membros do Conselho de Segurança divergem fortemente sobre quais seriam essas consequências. Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha insistem na adoção de sanções contra o governo sírio, ao passo que a Rússia vê isso como um "último recurso".
O Conselho tem até o dia 20 para definir o futuro da missão de observação da ONU na Síria, conhecida pela sigla UNSMIS. A missão, com mandato de três meses e a participação de até 300 militares desarmados, deveria monitorar um cessar-fogo declarado em 12 de abril, mas que não chegou a ser implementado.
"Ele (Annan) pediu aos membros do Conselho de Segurança para que deixem de lado seus interesses nacionais e exerçam uma pressão conjunta e sustentada sobre ambas as partes, com claras consequências em caso de descumprimento", disse o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant.
A Grã-Bretanha apresentou nesta quarta-feira uma proposta de resolução do Conselho que prorroga em 45 dias o mandato da UNSMIS, além de colocar o plano de paz de Annan e as diretrizes para o estabelecimento de um governo transitório na Síria sob a égide do artigo 7o da Carta da ONU.
Isso abriria caminho para a imposição de sanções diplomáticas e econômicas e até mesmo uma intervenção militar que encerre os 16 meses de violenta repressão governamental a um movimento que tenta depor Assad.
"Nossa visão é de que este Conselho precisa colocar esse tipo de plano sob o Artigo 7o, tornar claro que ele é compulsório", disse a embaixadora norte-americana, Susan Rice, acrescentando que a prorrogação do atual mandato seria "insuficiente".
A proposta de resolução ameaça especificamente o governo sírio com sanções caso ele não pare de usar armas pesadas e desmilitarize as cidades do país num prazo de dez dias.
O texto britânico, redigido após consultas aos países aliados, se contrapõe a uma proposta apresentada na terça-feira pela Rússia que prorroga a UNSMIS por três meses, mas não faz menção a sanções.
"Kofi Annan não nos pediu para aplicar sanções", disse a jornalistas o embaixador-adjunto da Rússia, Alexander Pankin, após reunião com Annan. "Ele disse apenas que o Conselho de Segurança deveria ... enviar um sinal de que suas recomendações e ações sugeridas precisam ser implementadas, ou então haverá consequências."
"Mas consequências não significam necessariamente ações sob determinado artigo ou um certo artigo", acrescentou. "O Artigo 7o é o último recurso, o Artigo 7o não é um mecanismo muito eficiente."
Nações Unidas - O mediador internacional Kofi Annan pediu nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança da ONU que alerte o governo e a oposição da Síria para as "claras consequências" em caso de descumprimento do seu plano destinado a encerrar 16 meses de conflito no país.
Mas os membros do Conselho de Segurança divergem fortemente sobre quais seriam essas consequências. Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha insistem na adoção de sanções contra o governo sírio, ao passo que a Rússia vê isso como um "último recurso".
O Conselho tem até o dia 20 para definir o futuro da missão de observação da ONU na Síria, conhecida pela sigla UNSMIS. A missão, com mandato de três meses e a participação de até 300 militares desarmados, deveria monitorar um cessar-fogo declarado em 12 de abril, mas que não chegou a ser implementado.
"Ele (Annan) pediu aos membros do Conselho de Segurança para que deixem de lado seus interesses nacionais e exerçam uma pressão conjunta e sustentada sobre ambas as partes, com claras consequências em caso de descumprimento", disse o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant.
A Grã-Bretanha apresentou nesta quarta-feira uma proposta de resolução do Conselho que prorroga em 45 dias o mandato da UNSMIS, além de colocar o plano de paz de Annan e as diretrizes para o estabelecimento de um governo transitório na Síria sob a égide do artigo 7o da Carta da ONU.
Isso abriria caminho para a imposição de sanções diplomáticas e econômicas e até mesmo uma intervenção militar que encerre os 16 meses de violenta repressão governamental a um movimento que tenta depor Assad.
"Nossa visão é de que este Conselho precisa colocar esse tipo de plano sob o Artigo 7o, tornar claro que ele é compulsório", disse a embaixadora norte-americana, Susan Rice, acrescentando que a prorrogação do atual mandato seria "insuficiente".
A proposta de resolução ameaça especificamente o governo sírio com sanções caso ele não pare de usar armas pesadas e desmilitarize as cidades do país num prazo de dez dias.
O texto britânico, redigido após consultas aos países aliados, se contrapõe a uma proposta apresentada na terça-feira pela Rússia que prorroga a UNSMIS por três meses, mas não faz menção a sanções.
"Kofi Annan não nos pediu para aplicar sanções", disse a jornalistas o embaixador-adjunto da Rússia, Alexander Pankin, após reunião com Annan. "Ele disse apenas que o Conselho de Segurança deveria ... enviar um sinal de que suas recomendações e ações sugeridas precisam ser implementadas, ou então haverá consequências."
"Mas consequências não significam necessariamente ações sob determinado artigo ou um certo artigo", acrescentou. "O Artigo 7o é o último recurso, o Artigo 7o não é um mecanismo muito eficiente."