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Alta nas vendas de supermercados cai para 1,8% em janeiro

Na comparação com dezembro, vendas de supermercados caíram 22,08 por cento

A Abras espera que as vendas aumentem em supermercados no decorrer do ano (ALEXANDRE BATTIBUGLI)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 16h58.

As vendas reais de supermercados brasileiros desaceleraram em janeiro na comparação anual e o setor apurou uma queda de dois dígitos em relação ao forte período de dezembro, informou nesta terça-feira a associação que representa o setor, Abras.

Segundo a entidade, as vendas reais dos supermercados subiram ligeiros 1,82 por cento no mês passado em relação a janeiro de 2012, reduzindo o ritmo que um ano antes havia sido de alta de 3,84 por cento no período.

Enquanto isso, na comparação com dezembro, marcado pelo impulso da temporada de compras de fim de ano, as vendas dos supermercados recuaram 22,08 por cento em janeiro.

Apesar de considerar que as vendas iniciaram o ano em um ritmo mais lento que no ano passado, a Abras avalia o desempenho como positivo, e reafirmou expectativa de aumento de 3,5 por cento nas vendas em 2013.

"O resultado de janeiro está dentro das nossas expectativas, de 1,8 por cento, e a perspectiva para o decorrer do ano é que esse número vai crescer um pouco mais", disse o economista da Abras, Flavio Tayra, a jornalistas.

Segundo Tayra, as perspectivas para fevereiro são mais positivas diante do impacto cheio do aumento do salário mínimo, embora ele não espere nenhum salto nas vendas no comparativo anual.

"Para fevereiro, vamos ter aumento de salário mínimo, que já foi concretizado, só que vamos fazer comparação com uma base que é muito forte, como fevereiro do ano passado, por isso não imagino grandes saltos", ressaltou.


PÁSCOA

Segundo o presidente da Abras, Fernando Yamada, além do impacto do aumento salário mínimo, a ampliação do orçamento do programa Bolsa Família deve favorecer os supermercados, já que grande parte da renda é direcionada a gastos com alimentação e bebidas.

Em fevereiro, o governo federal anunciou ampliação do Bolsa Família. O programa de transferência de renda teve orçamento de 20 bilhões de reais em 2012 e para este ano deve crescer para cerca de 24 bilhões.

Yamada afirmou também que em julho, a Abras irá revisar a expectativa de crescimento em 2013. "Nós estamos trabalhando para elevar (a estimativa)", disse.

A Abras também divulgou uma pesquisa para as vendas da Páscoa, na qual os supermercados estimam um aumento de 7,1 por cento nas vendas em comparação com o mesmo período de 2012.

"Ano passado foi 11,1 por cento (de aumento). Mas, mais importante é que o setor continua otimista", afirmou Yamada.

CESTA

O preço da cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK e pela Abras, teve alta de 10,10 por cento ante janeiro de 2012, passando de 316,88 para 348,90 reais. Na comparação com dezembro, houve alta de 2,08 por cento.

"As maiores variações foram nos produtos naturais, por razões climáticas, que puxaram os preços para cima", disse Yamada.

Segundo o diretor de relacionamento da GfK, Marco Aurélio Lima, o preço pode apresentar estabilidade ou queda nos próximos meses.

"Provavelmente, nos próximos meses, isso deve dar uma queda, ou pelo menos uma estabilidade. Não devemos ver grandes saltos nos próximos meses", disse.

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As vendas reais de supermercados brasileiros desaceleraram em janeiro na comparação anual e o setor apurou uma queda de dois dígitos em relação ao forte período de dezembro, informou nesta terça-feira a associação que representa o setor, Abras.

Segundo a entidade, as vendas reais dos supermercados subiram ligeiros 1,82 por cento no mês passado em relação a janeiro de 2012, reduzindo o ritmo que um ano antes havia sido de alta de 3,84 por cento no período.

Enquanto isso, na comparação com dezembro, marcado pelo impulso da temporada de compras de fim de ano, as vendas dos supermercados recuaram 22,08 por cento em janeiro.

Apesar de considerar que as vendas iniciaram o ano em um ritmo mais lento que no ano passado, a Abras avalia o desempenho como positivo, e reafirmou expectativa de aumento de 3,5 por cento nas vendas em 2013.

"O resultado de janeiro está dentro das nossas expectativas, de 1,8 por cento, e a perspectiva para o decorrer do ano é que esse número vai crescer um pouco mais", disse o economista da Abras, Flavio Tayra, a jornalistas.

Segundo Tayra, as perspectivas para fevereiro são mais positivas diante do impacto cheio do aumento do salário mínimo, embora ele não espere nenhum salto nas vendas no comparativo anual.

"Para fevereiro, vamos ter aumento de salário mínimo, que já foi concretizado, só que vamos fazer comparação com uma base que é muito forte, como fevereiro do ano passado, por isso não imagino grandes saltos", ressaltou.


PÁSCOA

Segundo o presidente da Abras, Fernando Yamada, além do impacto do aumento salário mínimo, a ampliação do orçamento do programa Bolsa Família deve favorecer os supermercados, já que grande parte da renda é direcionada a gastos com alimentação e bebidas.

Em fevereiro, o governo federal anunciou ampliação do Bolsa Família. O programa de transferência de renda teve orçamento de 20 bilhões de reais em 2012 e para este ano deve crescer para cerca de 24 bilhões.

Yamada afirmou também que em julho, a Abras irá revisar a expectativa de crescimento em 2013. "Nós estamos trabalhando para elevar (a estimativa)", disse.

A Abras também divulgou uma pesquisa para as vendas da Páscoa, na qual os supermercados estimam um aumento de 7,1 por cento nas vendas em comparação com o mesmo período de 2012.

"Ano passado foi 11,1 por cento (de aumento). Mas, mais importante é que o setor continua otimista", afirmou Yamada.

CESTA

O preço da cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK e pela Abras, teve alta de 10,10 por cento ante janeiro de 2012, passando de 316,88 para 348,90 reais. Na comparação com dezembro, houve alta de 2,08 por cento.

"As maiores variações foram nos produtos naturais, por razões climáticas, que puxaram os preços para cima", disse Yamada.

Segundo o diretor de relacionamento da GfK, Marco Aurélio Lima, o preço pode apresentar estabilidade ou queda nos próximos meses.

"Provavelmente, nos próximos meses, isso deve dar uma queda, ou pelo menos uma estabilidade. Não devemos ver grandes saltos nos próximos meses", disse.

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