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Alta do dólar já aparece no IPCA de agosto, diz economista

Segundo analista, o impacto significativo do dólar pode ser visto na alta de bens comercializáveis, de 0,43%, bem como na de bens duráveis (0,48%)

Câmbio: o impacto deve continuar pelos próximos meses (REUTERS/Bruno Domingos)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2013 às 11h44.

São Paulo - A depreciação do real ante o dólar já produziu efeitos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, avaliou o economista e sócio da Tendências Consultoria Integrada Juan Jensen. "O câmbio já vem se depreciando desde maio. É natural que o número do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) incorpore esses efeitos", afirmou.

De acordo com o economista, o impacto significativo do dólar pode ser visto na alta de bens comercializáveis, de 0,43%, bem como na de bens duráveis (0,48%), este último porque utiliza insumos importados.

"Este ano tivemos uma alta em torno de 20% no câmbio, variação agora mais próxima de 15%, o que implica de 0,75 a 1,0 ponto porcentual na inflação", comentou Jensen. "O problema é que a inflação já vinha operando perto do teto e por isso o Banco Central reage com o aperto de política monetária."

Para o economista, o impacto deve continuar pelos próximos meses. Caso o câmbio se estabilize no nível atual, segundo Jensen, o efeito ainda será visto por mais dois ou três meses. "O BC tem se preocupado com isso, tanto que o aperto monetário está mais longo do que se previa no início", afirmou.

A Tendências projetava alta de 0,27% no IPCA de agosto ante julho, pouco acima do resultado oficial de 0,24% divulgado nesta sexta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. "O resultado veio um pouco abaixo do que estávamos esperando porque alimentação está caindo mais do que a nossa projeção", explicou.

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De acordo com o economista, o impacto significativo do dólar pode ser visto na alta de bens comercializáveis, de 0,43%, bem como na de bens duráveis (0,48%), este último porque utiliza insumos importados.

"Este ano tivemos uma alta em torno de 20% no câmbio, variação agora mais próxima de 15%, o que implica de 0,75 a 1,0 ponto porcentual na inflação", comentou Jensen. "O problema é que a inflação já vinha operando perto do teto e por isso o Banco Central reage com o aperto de política monetária."

Para o economista, o impacto deve continuar pelos próximos meses. Caso o câmbio se estabilize no nível atual, segundo Jensen, o efeito ainda será visto por mais dois ou três meses. "O BC tem se preocupado com isso, tanto que o aperto monetário está mais longo do que se previa no início", afirmou.

A Tendências projetava alta de 0,27% no IPCA de agosto ante julho, pouco acima do resultado oficial de 0,24% divulgado nesta sexta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. "O resultado veio um pouco abaixo do que estávamos esperando porque alimentação está caindo mais do que a nossa projeção", explicou.

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