Alta da gasolina pode ter impacto no IPCA, diz FGV
Já o efeito da alta do óleo diesel "será residual" porque afeta mais o grande produtor, segundo André Braz, economista da FGV
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de dezembro de 2016 às 19h09.
Rio - A Fundação Getúlio Vargas ( FGV ) estima que o reajuste do preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, se repassado integralmente ao consumidor, vai ter impacto de até 0,12 ponto porcentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ).
Já o efeito da alta do óleo diesel "será residual" porque afeta mais o grande produtor, segundo André Braz, economista da Fundação.
A projeção da Petrobras é de que, com a alta de 8,1%, em média, nas refinarias, válida a partir desta terça-feira (6), o consumidor final pague mais 3,4% ou R$ 0,12 pelo litro da gasolina.
Os efeitos devem aparecer no indicador de inflação de dezembro, podendo se estender um pouco até janeiro. Com isso, a FGV revisou sua projeção de IPCA de 6,6% para 6,7% no fechamento deste ano.
"A gasolina já teve duas quedas (nas refinarias da Petrobras), que foram blindadas, não chegaram ao consumidor, por causa do aumento do etanol (adicionado à gasolina produzida pela estatal). Agora, o preço do etanol está voltando um pouco e as quedas anteriores podem compensar parte da alta de agora", avaliou Braz, destacando a possibilidade de o consumidor não sentir o reajuste nas refinarias por completo.