Economia

Alemanha rebaixa até 1,7% previsão de crescimento para o ano

O ministro da Economia anunciou as previsões governamentais para este ano e o próximo e explicou que o pilar do crescimento alemão será o consumo privado


	Ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel: a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) será portanto "estável" e o crescimento, "robusto", resumiu Gabriel
 (Charles Platiau/Reuters)

Ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel: a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) será portanto "estável" e o crescimento, "robusto", resumiu Gabriel (Charles Platiau/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 09h46.

Berlim - O governo alemão rebaixou nesta quarta-feira até 1,7% a previsão de crescimento para este ano por conta da desaceleração nas grandes potências emergentes, especialmente na China.

O ministro da Economia, o social-democrata Sigmar Gabriel, anunciou hoje as previsões governamentais para o conjunto deste ano e o próximo e explicou que o "pilar central" do crescimento alemão será o consumo privado, instigado pela criação de emprego e as altas salariais.

A evolução do Produto Interno Bruto (PIB) será portanto "estável" e o crescimento, "robusto", resumiu Gabriel em um breve comparecimento perante os meios de comunicação no Bundestag (câmara baixa).

Gabriel acrescentou que também encoraja a evolução da primeira economia europeia a favorável taxa de câmbio do euro frente ao dólar, que ajuda as exportações, e o preço do petróleo, que aumenta a renda disponível dos consumidores.

A nova previsão do Executivo prevê um novo recorde de população com emprego, um total de 43,3 milhões de pessoas no final de 2016, apesar de um avanço do desemprego de cerca de 60 mil indivíduos no ano que vem.

Ambos elementos são consequência da avalanche de refugiados vivida pelo país, já que os asilados chegarão em questão de meses ao mercado de trabalho, explicou Gabriel, que rotulou de "grande desafio" o amparo e integração.

O ministro indicou que o gasto público para atender os peticionários de asilo -que chegarão a 800 mil neste ano segundo as previsões oficiais- funcionará como um "pequeno programa conjuntural", mas considerou que será um "bom investimento" para o futuro do país.

"Somos mais precavidos que os institutos", garantiu o ministro em referência à previsão de um crescimento de 1,8% neste ano que foi anunciada na semana passada pelos principais centros de estudos do país.

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