Ajuste fiscal no país ajudará América Latina, diz BID e CAF
As duas instituições também consideraram importante que o governo brasileiro tenha mantido como prioridade o desenvolvimento de grandes obras de infraestrutura
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2015 às 15h50.
Brasília - Os presidentes do Banco de Desenvolvimento da América Latina ( CAF ), Enrique García, e do BID, Luis Alberto Moreno, apoiaram nesta segunda-feira o plano de ajuste fiscal anunciado pelo Brasil para recuperar sua economia, e consideraram que ajudará tanto o país como a toda América Latina .
"Os ajustes nunca são fáceis, mas são um caminho que conhecemos de sobra" na região, declarou Moreno em um seminário centrado nas possibilidades de financiamento de projetos de infraestrutura organizado pelo governo brasileiro, que prepara um grande plano de concessões nesse setor.
Segundo o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), apesar das atuais dificuldades, "o Brasil continua sendo o Brasil, a maior economia da América Latina e também uma das maiores do mundo", e por isso continua a estar no centro dos planos das empresas e de homens de negócios.
Moreno admitiu que o país passa por dificuldades "transitórias", que obrigaram o governo de Dilma Rousseff a aplicar um severo ajuste fiscal que implicará no corte de R$ 69 bilhões em despesas e no aumento de arrecadação pela via tributária.
Em 2014, a economia brasileira cresceu apenas 0,1% e todas as projeções, inclusive as do próprio governo, indicam que este ano fechará com uma contração em torno de 1,2%.
Apesar desse panorama, Moreno afirmou que "não existem dúvidas de que o Brasil seguirá adiante e voltará a crescer, para benefício de sua própria gente e de toda a América Latina".
Enrique García, presidente do CAF, coincidiu com Moreno e expressou suas "felicitações ao Brasil por ter decidido tomar o touro pelo chifre".
García também assinalou que o ajuste fiscal "é indispensável para equilibrar as contas públicas" e advertiu que sem a devida "estabilidade macroeconômica não há crescimento", nem é possível custear os planos sociais que permitiram ao Brasil tirar cerca de 40 milhões de pessoas da pobreza na última década.
"O ajuste no momento devido é a forma adequada de manter o sucesso dos programas sociais", disse o presidente do CAF.
Tanto García como Moreno também consideraram importante que, apesar das dificuldades econômicas, o governo brasileiro mantenha como prioridade o desenvolvimento de grandes obras de infraestrutura, que planeja oferecer em concessão ao setor privado.
"Falamos de uma das economias líderes do mundo, mas também falamos de um país que ainda precisa de muito mais investimento em infraestrutura" para melhorar sua competitividade e se posicionar melhor nos mercados internacionais, sustentou Moreno.
García elogiou que o país tenha decidido contar com mais apoio do setor privado. "É importante mobilizar novas fontes de financiamento e mais importante ainda é entender o papel que os projetos público-privados podem ter nas políticas de desenvolvimento", afirmou.
Brasília - Os presidentes do Banco de Desenvolvimento da América Latina ( CAF ), Enrique García, e do BID, Luis Alberto Moreno, apoiaram nesta segunda-feira o plano de ajuste fiscal anunciado pelo Brasil para recuperar sua economia, e consideraram que ajudará tanto o país como a toda América Latina .
"Os ajustes nunca são fáceis, mas são um caminho que conhecemos de sobra" na região, declarou Moreno em um seminário centrado nas possibilidades de financiamento de projetos de infraestrutura organizado pelo governo brasileiro, que prepara um grande plano de concessões nesse setor.
Segundo o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), apesar das atuais dificuldades, "o Brasil continua sendo o Brasil, a maior economia da América Latina e também uma das maiores do mundo", e por isso continua a estar no centro dos planos das empresas e de homens de negócios.
Moreno admitiu que o país passa por dificuldades "transitórias", que obrigaram o governo de Dilma Rousseff a aplicar um severo ajuste fiscal que implicará no corte de R$ 69 bilhões em despesas e no aumento de arrecadação pela via tributária.
Em 2014, a economia brasileira cresceu apenas 0,1% e todas as projeções, inclusive as do próprio governo, indicam que este ano fechará com uma contração em torno de 1,2%.
Apesar desse panorama, Moreno afirmou que "não existem dúvidas de que o Brasil seguirá adiante e voltará a crescer, para benefício de sua própria gente e de toda a América Latina".
Enrique García, presidente do CAF, coincidiu com Moreno e expressou suas "felicitações ao Brasil por ter decidido tomar o touro pelo chifre".
García também assinalou que o ajuste fiscal "é indispensável para equilibrar as contas públicas" e advertiu que sem a devida "estabilidade macroeconômica não há crescimento", nem é possível custear os planos sociais que permitiram ao Brasil tirar cerca de 40 milhões de pessoas da pobreza na última década.
"O ajuste no momento devido é a forma adequada de manter o sucesso dos programas sociais", disse o presidente do CAF.
Tanto García como Moreno também consideraram importante que, apesar das dificuldades econômicas, o governo brasileiro mantenha como prioridade o desenvolvimento de grandes obras de infraestrutura, que planeja oferecer em concessão ao setor privado.
"Falamos de uma das economias líderes do mundo, mas também falamos de um país que ainda precisa de muito mais investimento em infraestrutura" para melhorar sua competitividade e se posicionar melhor nos mercados internacionais, sustentou Moreno.
García elogiou que o país tenha decidido contar com mais apoio do setor privado. "É importante mobilizar novas fontes de financiamento e mais importante ainda é entender o papel que os projetos público-privados podem ter nas políticas de desenvolvimento", afirmou.