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AGU sugere audiência no STF para discutir poupança

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, defendeu hoje proposta da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que o Supremo Tribunal Federal (STF) discuta numa audiência pública os processos judiciais que cobram o ressarcimento de contas de poupança por prejuízos decorrentes de planos econômicos. Se a sugestão for aceita, será a primeira audiência pública […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, defendeu hoje proposta da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que o Supremo Tribunal Federal (STF) discuta numa audiência pública os processos judiciais que cobram o ressarcimento de contas de poupança por prejuízos decorrentes de planos econômicos. Se a sugestão for aceita, será a primeira audiência pública sobre um tema financeiro promovida pelo STF. O tribunal já realizou audiências sobre assuntos como possibilidade de aborto em casos de anencefalia (fetos sem cérebro), e pesquisas com células tronco.

O STF terá de se manifestar sobre a correção da poupança porque tramita no tribunal uma ação na qual a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif) pede que sejam considerados válidos os planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e Collor II, lançados no final da década de 80 e início dos anos 90. Há estimativas de que existam mais de 500 mil ações judiciais movidas contra os bancos por correntistas que alegam ter sofrido prejuízos por causa dos planos.

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"Acho positivo (discutir o assunto em audiência pública). A importância do tema até justifica esse debate de maneira mais extensa, de forma a mostrar não só os aspectos particulares do interesse de cada poupador, mas mostrar essa repercussão mais geral que ações individuais como essa têm no sistema como um todo", afirmou o advogado-geral.

Há estimativas de que as instituições financeiras podem perder mais de R$ 100 bilhões se forem derrotadas nessa batalha judicial. A defesa, nesse caso, tem sido feita pelo Banco Central, que é a instituição responsável pela fiscalização do sistema financeiro. "Há uma preocupação real quanto à eventual contaminação dessas decisões do conjunto do sistema. Tem-se levado essas preocupações aos ministros, ao procurador-geral da República, com vistas a que o Supremo considere essas questões na sua decisão", disse Adams.

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