Economia

Ações de bancos e mineradoras lideram perdas na Europa

As principais bolsas europeias fecharam em baixa, ampliando as perdas da sessão anterior, uma vez que a ameaça de uma regulamentação mais rígida continuou a pesar sobre as ações do setor bancário. Já as mineradoras continuaram pressionadas pelos temores de desaceleração do crescimento chinês. Em Londres, o índice FT-100 caiu 32,11 pontos (-0,60%) e fechou […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

As principais bolsas europeias fecharam em baixa, ampliando as perdas da sessão anterior, uma vez que a ameaça de uma regulamentação mais rígida continuou a pesar sobre as ações do setor bancário. Já as mineradoras continuaram pressionadas pelos temores de desaceleração do crescimento chinês.

Em Londres, o índice FT-100 caiu 32,11 pontos (-0,60%) e fechou com 5.302,99 pontos; em Paris, o índice CAC-40 recuou 41,38 pontos (-1,07%) e fechou com 3.820,78 pontos; em Frankfurt, o índice Dax-30 caiu 51,65 pontos (-0,90%) e fechou com 5.695,32 pontos.

Os bancos seguiram em baixa ainda pressionados pelos planos do presidente dos EUA, Barack Obama, para limitar o tamanho e a atuação dos bancos americanos, por exemplo, impedindo os bancos de investimentos de exercerem atividades como "proprietary trading" (mesa onde os operadores usam dinheiro da própria instituição e não em nome de um cliente).

"As medidas exigem aprovação do Congresso (americano) e, portanto, provavelmente vamos ver meses de lobby por todas as partes envolvidas, proporcionando incerteza ao investidor", disse Jonathan Jackson, chefe de transações com ações da corretora Killik & Co. "Contra este cenário, as ações financeiras provavelmente vão se manter voláteis conforme os investidores se preocupam com o aperto na regulamentação e o impacto sobre os retornos no longo prazo. Isto se soma as preocupações existentes de que os bancos podem precisar levantar mais capital para atender as mudanças nas regras", acrescentou.

Os bancos europeus com operações de banco de investimento foram as que mais caíram: Deutsche Bank -4,19%, Barclays -4,12% e Société Générale -5,20%, Credit Suisse -6,44% e UBS -3,93%.

No mercado de câmbio, o euro se recuperou para acima de US$ 1,41, depois da moeda ter enfrentado dificuldades durante grande parte da semana com base nas preocupações sobre a posição fiscal da Grécia.

As ações do setor de mineração perderam terreno, mas receberam algum suporte do recuo dos preços dos metais das mínimas do dia. As ações da Rio Tinto caíram 0,08%, as da BHP Billiton recuaram 0,41% e as da Antofagasta fecharam em baixa de 0,74%.

Os investidores do setor de commodities já estavam preocupados com a possibilidade da China de elevar o juro para controlar seu crescimento e a iniciativa de Obama, anunciada na quinta-feira, serviu para deixar muitos players nervosos no setor de commodities, segundo Edward Meir, analista do MF Global. "O movimento pode implicar em menos transações de fundos associadas, promovidas ou financiadas pelos bancos", acrescentou.

Em Milão, o índice FTSE/MIB caiu 308,65 pontos (-1,35%) e fechou com 22.567,81 pontos; em Madri, o índice Ibex-35 recuou 70,60 pontos (-0,62%) e fechou com 11.373,40 pontos; em Lisboa, o índice PSI-20 caiu 122,82 pontos (-1,49%) e fechou com 8.118,39 pontos. As informações são da Dow Jones.

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