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A melhor do Nordeste: Salvador

Beleza pura

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h25.

O empresário francês Jean Charles Doux, presidente mundial do grupo Doux - o terceiro maior exportador de aves do mundo -, é um aficionado dos esportes náuticos. Conhece uma infinidade de portos e não se impressiona com belas paisagens. Mas no último sábado de novembro, pouco antes de embarcar num vôo para a França, depois de uma semana em Salvador, Doux revelou estar encantado pela capital da Bahia. Mais que isso, ele viajou com uma intenção: torná-la uma escala das regatas transoceânicas. "A baía é magnífica, tem tudo para se tornar um pólo náutico e abrigar até competições com circuitos olímpicos", diz. "Estamos seduzidos pela cidade, sua história, sua limpeza, seu dinamismo, com carros modernos nas ruas e um povo muito gentil."
Trânsito fácil, limpeza, boa infra-estrutura, civilidade, eficiência? Estamos mesmo falando de Salvador? Por incrível que pareça, sim. E, se tudo der certo, ela também será a primeira cidade brasileira a ter um transporte público funcionando com pontualidade britânica, ops, quer dizer, germânica. O estado negocia com autoridades alemãs a implantação de um sistema que garanta condução na hora certa. Ou seja, o ônibus das 10h24 passará no ponto exatamente às 10h24. Não é à toa que Salvador se transformou na 27a entre as melhores cidades do país e a melhor do Nordeste para fazer negócios, segundo a Simonsen Associados. "As empresas sabem que uma boa qualidade de vida é fundamental para seus funcionários, portanto, para elas próprias", afirma o prefeito Antônio Imbassahy. "Queremos internacionalizar a cidade, e para isso temos investido pesado para melhorá-la e atrair novas empresas."

Os investimentos públicos se contam em milhões de dólares. Na construção do metrô, com início previsto para 2002, serão gastos 307 milhões de dólares. Oitenta milhões servirão para as vias urbanas e a renovação da frota municipal de ônibus. Outro tanto irá para a recuperação de 190 quilômetros de escadarias e passeios públicos. Do lado da iniciativa privada, houve investimentos da ordem de 2 bilhões de dólares, o que representa cerca de 52 mil empregos. De setembro para cá, multinacionais como a Monsanto e a Ford abriram grandes fábricas em Camaçari, na região metropolitana de Salvador. Com a montadora chegaram 31 fornecedores. Segundo Miguel de Oliveira, diretor de assuntos institucionais da Ford Nordeste, os incentivos fiscais não foram o único atrativo da cidade. "A estabilidade financeira do estado e as melhorias em saúde e educação também pesaram na decisão", afirma Oliveira.

Salvador, porém, dificilmente se tornará uma cidade industrial. Sua vocação são os serviços e o turismo. Segundo a Infraero, o movimento no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães em 2000 foi de 2,4 milhões de passageiros. Entre hotéis de luxo e pensões, a cidade dispõe de mais de 22 mil leitos, quase todos já reservados para o próximo réveillon.

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