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"Desenvolvimentismo" é política de direita, diz economista

Para Maílson da Nóbrega, o presidente continua um político de esquerda, porque persevera em sua preocupação com os programas sociais ao mesmo tempo em que mantém uma gestão macroeconômica responsável, como fazem os governos social-democratas da Europa

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às, 11h25.

Ao assumir a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva intuiu que uma mudança na política econômica seria suicídio político. Para Maílson da Nóbrega, sócio da consultoria Tendências, agora o presidente colhe os frutos dessa "corajosa decisão". Como Lula continua preocupado com as questões sociais, diz o economista, e a despeito das notórias deficiências na gestão dos programas federais nesta área, "o presidente continua um político de esquerda". Com isso, o consultor e ex-ministro da Fazenda discorda da crítica de José Serra, presidente nacional do PSDB e prefeito de São Paulo, pela qual o governo Lula seria de direita.

Mas Nóbrega procura demonstrar, em análise divulgada nesta terça-feira (4/1), que companheiros de Lula patrocinam propostas que, embora figurem no velho receituário da esquerda, aumentam a pobreza e a concentração de renda, porque fazem os pobres financiá-las via imposto inflacionário. Em seu parecer, o "desenvolvimentismo" de hoje não passa de reprodução de políticas públicas inflacionistas do passado. Nóbrega lista nesse rol as políticas industriais "que escolhem os vencedores", os controles do capital estrangeiro, os gastos públicos "insustentáveis" e a intervenção estatal "inconseqüente".

O modelo que o economista aponta como o mais adequado é o dos partidos social-democratas da Europa, em que a condução dos programas sociais é combinada com uma adequada gestão macroeconômica. Essa combinação seria detalhada nas diretrizes gerais para a economia na União Européia, fundadas em três bases.

A primeira é a política econômica voltada para a o crescimento e a estabilidade, com responsabilidade fiscal, contas externas em ordem e aumentos salariais compatíveis com o controle da inflação e o aumento da produtividade. A segunda base é o conjunto de reformas econômicas para elevar o potencial de crescimento. E a terceira e última base constitui-se das medidas estruturais para enfrentar o envelhecimento da população, criar empregos, reduzir a pobreza e proteger o meio ambiente.

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