Economia

35% da riqueza da Rússia pertence a 110 pessoas

Segundo um relatório do Credit Suisse, esse é o maior nível de desigualdade no mundo


	Pobreza na Rússia: a taxa de 35% da riqueza que bilionários russos possuem é equivalente a US$ 420 bilhões
 (Alexander Nemenov/AFP)

Pobreza na Rússia: a taxa de 35% da riqueza que bilionários russos possuem é equivalente a US$ 420 bilhões (Alexander Nemenov/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 06h47.

Moscou - Uma taxa impressionante de 35% da riqueza das famílias na Rússia pertence a apenas 110 pessoas, o maior nível de desigualdade no mundo, com exceção de algumas pequenas ilhas do Caribe, segundo um relatório do Credit Suisse.

Por outro lado, bilionários em todo o mundo totalizam apenas 1% a 2% da riqueza total, disse o Credit Suisse em seu relatório publicado nesta quarta-feira. A Rússia tem um bilionário para cada US$ 11 bilhões em riqueza, enquanto no resto do mundo, há um para cada US$ 170 bilhões.

A queda do comunismo levou a venda de valiosos ativos da Rússia a um pequeno círculo de homens de negócios, mais tarde conhecidos como oligarcas. O presidente Vladimir Putin permitia que eles mantivessem a riqueza em troca de sua lealdade política.

Segundo o Credit Suisse, com o desaparecimento da União Soviética, havia esperanças que a Rússia iria se transformar em uma economia altamente qualificada, com justa distribuição da riqueza, mas "isso é quase uma paródia do que aconteceu na prática".

A taxa de 35% da riqueza que bilionários russos possuem é equivalente a US$ 420 bilhões. "A Rússia tem o maior nível de desigualdade de riqueza no mundo, fora pequenas nações do Caribe, com bilionários residentes", disse o banco no relatório. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEuropaRiquezaRússia

Mais de Economia

Governo Lula aperta regra e trava R$ 47 bi em gastos dos ministérios até setembro; entenda

Petrobras anuncia alta de 7,1% no preço do querosene de aviação

Cigarro mais caro: governo aumenta imposto e eleva preço mínimo do maço

Análise: Sem clareza sobre o ajuste fiscal, alta de juros em 2024 entra no radar dos diretores do BC

Mais na Exame