Relacionamento não é commoditie
Seu cliente é único? E a relação de sua empresa com ele também é única ou é algo que “faz parte” do trabalho?
Leonardo Barci
Publicado em 24 de setembro de 2018 às 06h00.
Última atualização em 24 de setembro de 2018 às 06h00.
Tem sido natural durante a evolução humana, que problemas comuns e repetitivos sejam resolvidos a partir de algum tipo de padrão ou solução em série. Ford talvez tenha sido o mestre neste quesito.
Isso tem lá sua serventia no ‘espaço-tempo’. É facilmente compreensível que sem padrões, o texto que você agora lê, provavelmente não estivesse disponível a todo o mundo digital. A própria Internet necessitou da definição de regras e padrões para operar adequadamente – e ainda necessita disso.
O desafio, porém, está em uma palavra relevante do parágrafo anterior: operar.
Tenho visto muitas empresas e profissionais de marketing seguindo um caminho de padronização no relacionamento. Tem sido crescente a escolha por uma ‘solução de CRM’, quando o “M” (de management ) é, na verdade, um verbo e não um substantivo.
Se o mundo está seguindo para algum lugar, diria que é em direção à liberdade de escolha e do compartilhamento.
Ter um carro hoje, por exemplo, está se tornando um problema ao invés de uma solução. Aplicativos de mobilidade como Uber e 99 já são parte do nosso dia-a-dia, mas novidades como Fair, Yellow, Zazcar Urbano, entre tantas outras soluções, começam a despontar como alternativas a um mundo ainda em tentativa frustrada de consolidação de tudo e compartilhamento de pouco.
Me parece que quanto mais uma função da empresa se torna parte da operação, melhor seria definir regras e padrões para que as coisas funcionem sem muita invenção.
Em um mundo que briga entre a razão de padronizar e a emoção da evolução, o Relacionamento está exatamente no meio dos dois. O corpo caloso, como diriam os especialistas em neurociência.
Sendo o Relacionamento o meio, a escolha “da solução” de CRM, é o equivalente a criar um guia de boas práticas para um casamento de sucesso. Algo tão inócuo quanto vender água para esquimós.
Relacionamento é uma invenção a dois. É a criação de algo que não existe. Talvez uma afirmação tão besta e banal que muitas empresas não estão se dando conta do “ por que” as coisas ainda não funcionam.
Se o seu desafio é atender a uma demanda corporativa de CRM, saiba que a ferramenta é apenas isso: uma ferramenta.
Relacionamento é ir além do guia de boas práticas da Internet. É saber quem a empresa é e quem é seu cliente.
É compreender que cada cliente é único. Sendo assim, a relação da empresa com cada cliente também é única.
Robôs, avatares eletrônicos e respostas automáticas deveriam estar automatizando a ‘operação’ do relacionamento e não tentando construí-lo.
Recente troquei meu serviço de TV por assinatura e internet residencial. Me espantou uma das maiores empresas do segmento ter dado ‘um passo atrás’ e, ao invés de utilizar prestadores de serviços terceiros para a instalação da última milha, terem “re”-contratado todas estas pessoas. É considerar que as mãos (de quem faz) são um órgão tão importante para o relacionamento quanto o cérebro ou o coração da empresa.
No final, Relacionamento é algo único, e não uma commoditie que se copia do concorrente ao lado ou algo que uma solução tecnológica será capaz de resolver.
Relacionamento não é um problema a ser resolvido, mas uma oportunidade de evolução a ser construída.
Tem sido natural durante a evolução humana, que problemas comuns e repetitivos sejam resolvidos a partir de algum tipo de padrão ou solução em série. Ford talvez tenha sido o mestre neste quesito.
Isso tem lá sua serventia no ‘espaço-tempo’. É facilmente compreensível que sem padrões, o texto que você agora lê, provavelmente não estivesse disponível a todo o mundo digital. A própria Internet necessitou da definição de regras e padrões para operar adequadamente – e ainda necessita disso.
O desafio, porém, está em uma palavra relevante do parágrafo anterior: operar.
Tenho visto muitas empresas e profissionais de marketing seguindo um caminho de padronização no relacionamento. Tem sido crescente a escolha por uma ‘solução de CRM’, quando o “M” (de management ) é, na verdade, um verbo e não um substantivo.
Se o mundo está seguindo para algum lugar, diria que é em direção à liberdade de escolha e do compartilhamento.
Ter um carro hoje, por exemplo, está se tornando um problema ao invés de uma solução. Aplicativos de mobilidade como Uber e 99 já são parte do nosso dia-a-dia, mas novidades como Fair, Yellow, Zazcar Urbano, entre tantas outras soluções, começam a despontar como alternativas a um mundo ainda em tentativa frustrada de consolidação de tudo e compartilhamento de pouco.
Me parece que quanto mais uma função da empresa se torna parte da operação, melhor seria definir regras e padrões para que as coisas funcionem sem muita invenção.
Em um mundo que briga entre a razão de padronizar e a emoção da evolução, o Relacionamento está exatamente no meio dos dois. O corpo caloso, como diriam os especialistas em neurociência.
Sendo o Relacionamento o meio, a escolha “da solução” de CRM, é o equivalente a criar um guia de boas práticas para um casamento de sucesso. Algo tão inócuo quanto vender água para esquimós.
Relacionamento é uma invenção a dois. É a criação de algo que não existe. Talvez uma afirmação tão besta e banal que muitas empresas não estão se dando conta do “ por que” as coisas ainda não funcionam.
Se o seu desafio é atender a uma demanda corporativa de CRM, saiba que a ferramenta é apenas isso: uma ferramenta.
Relacionamento é ir além do guia de boas práticas da Internet. É saber quem a empresa é e quem é seu cliente.
É compreender que cada cliente é único. Sendo assim, a relação da empresa com cada cliente também é única.
Robôs, avatares eletrônicos e respostas automáticas deveriam estar automatizando a ‘operação’ do relacionamento e não tentando construí-lo.
Recente troquei meu serviço de TV por assinatura e internet residencial. Me espantou uma das maiores empresas do segmento ter dado ‘um passo atrás’ e, ao invés de utilizar prestadores de serviços terceiros para a instalação da última milha, terem “re”-contratado todas estas pessoas. É considerar que as mãos (de quem faz) são um órgão tão importante para o relacionamento quanto o cérebro ou o coração da empresa.
No final, Relacionamento é algo único, e não uma commoditie que se copia do concorrente ao lado ou algo que uma solução tecnológica será capaz de resolver.
Relacionamento não é um problema a ser resolvido, mas uma oportunidade de evolução a ser construída.