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Privacidade de dados – Uma luz no fim do túnel

A lei de proteção de dados que vai ajudar as empresas. Elas só não perceberam isso ainda.

(divulgação/Divulgação)
MO

Marcio Oliveira

Publicado em 5 de fevereiro de 2018 às 11h10.

Li há alguns dias uma notícia que me deixou muito feliz.

A notícia falava da GDPR (General Data Protection Regulation ), a regulamentação da proteção de dados pessoais que entrará em vigor na União Européia em 25 de maio e que mudará completamente a relação das empresas com os consumidores, responsabilizando tanto as empresas como também os seus executivos e toda a cadeia de empresas responsáveis por coletas e disponibilização de dados de consumidores, o que afetará principalmente a área de comunicação. Sim, muitos prestadores de serviços de coleta e dados na Europa estão com os dias contados.

Esta notícia me deixou feliz, pois há muito tempo falamos sobre a necessidade das empresas e marcas mudarem a forma de olhar para seus clientes, a fim de construir relacionamentos verdadeiros e baseados em um propósito maior da empresa, que deve ir além do lucro. Mas, para construir relacionamentos assim, é necessário conhecer de verdade o seu cliente, e para conhecer o seu cliente é necessário captar informações sobre ele.

Mas se esta lei vai restringir a coleta e uso dos dados, como fazer isso?

O problema não está na coleta dos dados, mas na forma de coletá-los e de usá-los. A ansiedade para resultados rápidos fez surgir diversos tipos de empresas com ferramentas e “fórmulas mágicas” para coletar informações de pessoas sem elas terem total consciência, inclusive como os famosos cookies, por exemplo, e que estragaram o mercado e pioraram as relações entre as empresas e seus clientes. E o pior: muitas empresas ainda não perceberam isso. O resultado? Uma lei para regulamentar o comportamento. E como toda lei que é abrangente, muitos acabam prejudicados.

Mas vejo isso tudo como na verdade uma luz no fim do túnel para a construção de um relacionamento sustentável e íntegro entre marcas e clientes. Vai levar mais tempo e dar mais trabalho coletar os dados de clientes respeitando-os no uso e dando consciência a eles dos motivos disso. Mas relacionamento é isso mesmo, não é verdade? E serve tanto para a vida pessoal como para a relação comercial entre empresas e pessoas.

E com certeza esta lei causará impactos também no Brasil, já que muitas empresas que atuam aqui são europeias e terão que se adequar a isso de maneira global por conta de políticas de compliance.

Agora é esperar para ver.

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Mas se esta lei vai restringir a coleta e uso dos dados, como fazer isso?

O problema não está na coleta dos dados, mas na forma de coletá-los e de usá-los. A ansiedade para resultados rápidos fez surgir diversos tipos de empresas com ferramentas e “fórmulas mágicas” para coletar informações de pessoas sem elas terem total consciência, inclusive como os famosos cookies, por exemplo, e que estragaram o mercado e pioraram as relações entre as empresas e seus clientes. E o pior: muitas empresas ainda não perceberam isso. O resultado? Uma lei para regulamentar o comportamento. E como toda lei que é abrangente, muitos acabam prejudicados.

Mas vejo isso tudo como na verdade uma luz no fim do túnel para a construção de um relacionamento sustentável e íntegro entre marcas e clientes. Vai levar mais tempo e dar mais trabalho coletar os dados de clientes respeitando-os no uso e dando consciência a eles dos motivos disso. Mas relacionamento é isso mesmo, não é verdade? E serve tanto para a vida pessoal como para a relação comercial entre empresas e pessoas.

E com certeza esta lei causará impactos também no Brasil, já que muitas empresas que atuam aqui são europeias e terão que se adequar a isso de maneira global por conta de políticas de compliance.

Agora é esperar para ver.

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