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O futuro das relações com clientes está no passado – Parte II

Organizar os dados e aprimorar as relações com os clientes não deve surtir efeito para as próximas semanas, mas será o alicerce para momentos emergenciais

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LB

Leonardo Barci

Publicado em 6 de abril de 2020 às 04h00.

Última atualização em 6 de abril de 2020 às 04h00.

Parafraseando o ministro da saúde do Brasil: “neste momento nós não temos todas as respostas, mas o mundo certamente será diferente depois desta pandemia.”

Caminhando na última semana ao mercado local para algumas compras rápidas, notei ainda alguns poucos e valentes empresários com as portas abertas. Em sua maioria serviços essenciais como mercados, postos de gasolina e alguns não tão essenciais como loja de pneus!

Particularmente eu imaginava que, na situação em que estamos passando, as ruas estivessem infestadas de motoboys entregando de tudo para todo mundo. Pelo menos na cidade em que moro, as ruas estão literalmente desertas.

Um dos locais que mais me chamou a atenção foi uma mercearia um pequeno quadro negro na porta com uma chamada mais ou menos assim: “Peça pelo WhatsApp’s que a gente entrega. Até 500 metros de distância da loja, não cobramos nada.”

Na porta, uma moça sentada, esperando que algum destemido resolvesse fazer a próxima compra.

Esta singela cena, me remeteu a coisas que falamos aqui no blog nos últimos anos. Muito do que sinalizamos se mostra mais forte em um momento onde as relações, sejam elas boas ou ruins, serão testadas e darão os seus frutos.

Embora a situação seja social e financeiramente delicada, em algum momento, teremos algum grau de normalidade para que as relações comerciais sejam retomadas. Por mais que eu sonhe com um mundo descrito por John Lennon em Imagine , talvez um dia o dinheiro seja apenas uma mera lembrança histórica, mas até que este dia chegue, temos um natural tempo de transição.

Entendo que aproveitar este tempo para arrumar a casa pode facilitar e acelerar para que finalmente o mundo seja um lugar melhor para se viver.

Falando das relações entre clientes e empresas, se este pequeno negócio que citei há pouco tivesse um mero caderno de anotações com a lista de clientes, este seria o momento mais do que ideal para contatá-los e oferecer diretamente os serviços de entrega. Como possivelmente isso nunca foi pensado, esta relação é “etérea” demais para que o cliente saiba dos serviços sem que o mercado tenha noticiado. Sendo assim, a solução foi partir para a tradicional ‘propaganda ou promoção de massa’ e tentar captar a atenção dos propects - como eu - que porventura passaram pela porta da loja.

Este mesmo pensamento vale, naturalmente, para negócios de todos os tamanhos. Isto é, construir e nutrir o banco de dados de clientes com contatos e boas relações.

Olhando para trás podemos apenas errar e permanecer no erro, ou aceitar que não acertamos da primeira vez e tentarmos novamente.

Aproveitando a deixa do momento, foi exatamente o que fez a Coréia nesta segunda rodada de grandes epidemias. Há alguns anos eles sofreram miseravelmente com ações e atitudes que poderiam apenas ser uma página negra na história do País ou se tornar (como acabou acontecendo) um livro vivo de história a ser esmiuçado e traduzido em pro atividade e melhores ações futuras.

Fazer o dever de casa de organizar os dados e melhorar as relações com os clientes neste momento não deve surtir efeito para as próximas semanas mas, certamente (como aconteceu na Coréia) será o alicerce para momentos de crise e bonança que certamente virão no futuro.

Basta saber agora se ficaremos sentados acreditando que somos incapazes de mudar a nossa realidade ou não.

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Parafraseando o ministro da saúde do Brasil: “neste momento nós não temos todas as respostas, mas o mundo certamente será diferente depois desta pandemia.”

Caminhando na última semana ao mercado local para algumas compras rápidas, notei ainda alguns poucos e valentes empresários com as portas abertas. Em sua maioria serviços essenciais como mercados, postos de gasolina e alguns não tão essenciais como loja de pneus!

Particularmente eu imaginava que, na situação em que estamos passando, as ruas estivessem infestadas de motoboys entregando de tudo para todo mundo. Pelo menos na cidade em que moro, as ruas estão literalmente desertas.

Um dos locais que mais me chamou a atenção foi uma mercearia um pequeno quadro negro na porta com uma chamada mais ou menos assim: “Peça pelo WhatsApp’s que a gente entrega. Até 500 metros de distância da loja, não cobramos nada.”

Na porta, uma moça sentada, esperando que algum destemido resolvesse fazer a próxima compra.

Esta singela cena, me remeteu a coisas que falamos aqui no blog nos últimos anos. Muito do que sinalizamos se mostra mais forte em um momento onde as relações, sejam elas boas ou ruins, serão testadas e darão os seus frutos.

Embora a situação seja social e financeiramente delicada, em algum momento, teremos algum grau de normalidade para que as relações comerciais sejam retomadas. Por mais que eu sonhe com um mundo descrito por John Lennon em Imagine , talvez um dia o dinheiro seja apenas uma mera lembrança histórica, mas até que este dia chegue, temos um natural tempo de transição.

Entendo que aproveitar este tempo para arrumar a casa pode facilitar e acelerar para que finalmente o mundo seja um lugar melhor para se viver.

Falando das relações entre clientes e empresas, se este pequeno negócio que citei há pouco tivesse um mero caderno de anotações com a lista de clientes, este seria o momento mais do que ideal para contatá-los e oferecer diretamente os serviços de entrega. Como possivelmente isso nunca foi pensado, esta relação é “etérea” demais para que o cliente saiba dos serviços sem que o mercado tenha noticiado. Sendo assim, a solução foi partir para a tradicional ‘propaganda ou promoção de massa’ e tentar captar a atenção dos propects - como eu - que porventura passaram pela porta da loja.

Este mesmo pensamento vale, naturalmente, para negócios de todos os tamanhos. Isto é, construir e nutrir o banco de dados de clientes com contatos e boas relações.

Olhando para trás podemos apenas errar e permanecer no erro, ou aceitar que não acertamos da primeira vez e tentarmos novamente.

Aproveitando a deixa do momento, foi exatamente o que fez a Coréia nesta segunda rodada de grandes epidemias. Há alguns anos eles sofreram miseravelmente com ações e atitudes que poderiam apenas ser uma página negra na história do País ou se tornar (como acabou acontecendo) um livro vivo de história a ser esmiuçado e traduzido em pro atividade e melhores ações futuras.

Fazer o dever de casa de organizar os dados e melhorar as relações com os clientes neste momento não deve surtir efeito para as próximas semanas mas, certamente (como aconteceu na Coréia) será o alicerce para momentos de crise e bonança que certamente virão no futuro.

Basta saber agora se ficaremos sentados acreditando que somos incapazes de mudar a nossa realidade ou não.

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