5 perguntas essenciais antes de criar um aplicativo
Você tem muitos aplicativos em seu celular? E se o aplicativo de sua empresa não fizer a menor diferença na vida de seu cliente?
Marcio Oliveira
Publicado em 9 de julho de 2018 às 21h24.
Costumo falar que, atualmente, a coisa mais íntima de uma pessoa é o seu smartphone. O aparelhinho virou quase que uma extensão do nosso corpo (ou do braço) e nele guardamos ou usamos como meio de acesso a tudo aquilo que é mais pessoal possível.
Fotos e vídeos de todos os tipos e situações, conversas nos aplicativos de mensagens, e-mails, redes sociais, acessos a bancos, informações de nossa atividade física, nossa localização e uma infinidade de outras informações que muitas vezes nem nós mesmos sabemos ou lembramos. E tudo isso é possível pelas dezenas ou centenas de aplicativos que instalamos em nossos celulares.
Opções de aplicativos não param de surgir a cada segundo para qualquer coisa que você queira. Basta pesquisar e baixar.
E, obviamente, as empresas não poderiam ficar fora desta onda e muitas aprenderam a “nadar de braçadas” nisso, criando aplicativos realmente úteis e que facilitam o relacionamento com o seu cliente em toda a sua jornada no consumo do produto ou serviço. Eu mesmo não consigo mais ficar sem os aplicativos do meu banco, das companhias aéreas e até mesmo do aplicativo do supermercado que me dá descontos. O do banco e os das companhias aéreas são basicamente o meu principal canal de relacionamento com as empresas e, apesar de serem aplicativos, hoje são também ferramentas e a forma com que eu utilizo os serviços e foi natural para mim começar a usá-los.
O do supermercado, por exemplo, foi diferente. Eu não preciso dele para fazer minhas compras, mas enxerguei um valor agregado que me convenceu a baixá-lo e usá-lo, talvez não com uma frequência tão grande, mas o suficiente para justificar mantê-lo instalado.
Mas o que vem me chamando a atenção é a grande ansiedade das empresas em terem um aplicativo não importando muito para que. É mais ou menos o mesmo comportamento do início da Internet comercial aqui no Brasil, lá em 1996. Toda a empresa tinha que ter um site e pronto, não importava se era uma multinacional ou se era a loja de roupas da esquina e não importava também para que o site serviria ou se seria acessado. Tinha que ter para no mínimo colocar o endereço do site nas peças de comunicação e passar a percepção de uma empresa moderna. Acompanhei isso de perto na época, já que meu primeiro projeto de site foi para uma grande empresa do segmento de materiais de construção em 1996!
E se o comportamento das empresas hoje parece igual, o cenário de mercado é bem diferente. Se antes a maioria das pessoas não estavam conectadas na Internet ainda, hoje, como falei no início do artigo, a Internet anda com elas o tempo todo no smartphone. E isso aumenta muito o desafio das empresas. Se, por exemplo, alguma empresa pensar que deve ter um aplicativo de qualquer maneira para pelo menos parecer moderna, a chance de dar muito errado é enorme.
As pessoas atualmente têm mais informação e, sinceramente, acredito que não vão perder tempo com aplicativos nos quais não vêem valor. Além do mais, uma empresa que pretende desenvolver um aplicativo tem que entender que ela possuirá vários concorrentes ocultos para ele, além dos mais óbvios, como os aplicativos das empresas que concorrem diretamente com ela no mesmo mercado. Concorrentes como o tempo da pessoa e até mesmo o espaço disponível no aparelho. Quem nunca apagou aplicativos para liberar espaço? Qual foi o critério usado para esta decisão? Sugiro, inclusive, você gastar alguns minutos e contar quantos aplicativos você tem instalado no seu smartphone, mas ignore aqueles aplicativos nativos do sistema operacional. Conte apenas aqueles que você fez o download. No meu aparelho tenho 95! Uso realmente talvez apenas 10% deles.
Minha sugestão para as nossas empresas e profissionais sempre ansiosos por fazer aquilo que parece que todo mundo está fazendo é que mantenha a calma, planeje e responda com sinceridade estas 5 perguntas:
- Por que minha empresa tem que fazer um aplicativo?
- Por que meu cliente usaria meu aplicativo?
- O aplicativo vai ajudar a melhorar o relacionamento da minha empresa com o meu cliente?
- O meu cliente realmente quer usar um aplicativo da minha empresa?
- Qual será o meu indicador de sucesso do aplicativo? Apenas a quantidade de download?
Agora vou aproveitar e apagar alguns dos meus aplicativos inúteis e liberar espaço no meu celular para aquilo que eu realmente me importo.
Costumo falar que, atualmente, a coisa mais íntima de uma pessoa é o seu smartphone. O aparelhinho virou quase que uma extensão do nosso corpo (ou do braço) e nele guardamos ou usamos como meio de acesso a tudo aquilo que é mais pessoal possível.
Fotos e vídeos de todos os tipos e situações, conversas nos aplicativos de mensagens, e-mails, redes sociais, acessos a bancos, informações de nossa atividade física, nossa localização e uma infinidade de outras informações que muitas vezes nem nós mesmos sabemos ou lembramos. E tudo isso é possível pelas dezenas ou centenas de aplicativos que instalamos em nossos celulares.
Opções de aplicativos não param de surgir a cada segundo para qualquer coisa que você queira. Basta pesquisar e baixar.
E, obviamente, as empresas não poderiam ficar fora desta onda e muitas aprenderam a “nadar de braçadas” nisso, criando aplicativos realmente úteis e que facilitam o relacionamento com o seu cliente em toda a sua jornada no consumo do produto ou serviço. Eu mesmo não consigo mais ficar sem os aplicativos do meu banco, das companhias aéreas e até mesmo do aplicativo do supermercado que me dá descontos. O do banco e os das companhias aéreas são basicamente o meu principal canal de relacionamento com as empresas e, apesar de serem aplicativos, hoje são também ferramentas e a forma com que eu utilizo os serviços e foi natural para mim começar a usá-los.
O do supermercado, por exemplo, foi diferente. Eu não preciso dele para fazer minhas compras, mas enxerguei um valor agregado que me convenceu a baixá-lo e usá-lo, talvez não com uma frequência tão grande, mas o suficiente para justificar mantê-lo instalado.
Mas o que vem me chamando a atenção é a grande ansiedade das empresas em terem um aplicativo não importando muito para que. É mais ou menos o mesmo comportamento do início da Internet comercial aqui no Brasil, lá em 1996. Toda a empresa tinha que ter um site e pronto, não importava se era uma multinacional ou se era a loja de roupas da esquina e não importava também para que o site serviria ou se seria acessado. Tinha que ter para no mínimo colocar o endereço do site nas peças de comunicação e passar a percepção de uma empresa moderna. Acompanhei isso de perto na época, já que meu primeiro projeto de site foi para uma grande empresa do segmento de materiais de construção em 1996!
E se o comportamento das empresas hoje parece igual, o cenário de mercado é bem diferente. Se antes a maioria das pessoas não estavam conectadas na Internet ainda, hoje, como falei no início do artigo, a Internet anda com elas o tempo todo no smartphone. E isso aumenta muito o desafio das empresas. Se, por exemplo, alguma empresa pensar que deve ter um aplicativo de qualquer maneira para pelo menos parecer moderna, a chance de dar muito errado é enorme.
As pessoas atualmente têm mais informação e, sinceramente, acredito que não vão perder tempo com aplicativos nos quais não vêem valor. Além do mais, uma empresa que pretende desenvolver um aplicativo tem que entender que ela possuirá vários concorrentes ocultos para ele, além dos mais óbvios, como os aplicativos das empresas que concorrem diretamente com ela no mesmo mercado. Concorrentes como o tempo da pessoa e até mesmo o espaço disponível no aparelho. Quem nunca apagou aplicativos para liberar espaço? Qual foi o critério usado para esta decisão? Sugiro, inclusive, você gastar alguns minutos e contar quantos aplicativos você tem instalado no seu smartphone, mas ignore aqueles aplicativos nativos do sistema operacional. Conte apenas aqueles que você fez o download. No meu aparelho tenho 95! Uso realmente talvez apenas 10% deles.
Minha sugestão para as nossas empresas e profissionais sempre ansiosos por fazer aquilo que parece que todo mundo está fazendo é que mantenha a calma, planeje e responda com sinceridade estas 5 perguntas:
- Por que minha empresa tem que fazer um aplicativo?
- Por que meu cliente usaria meu aplicativo?
- O aplicativo vai ajudar a melhorar o relacionamento da minha empresa com o meu cliente?
- O meu cliente realmente quer usar um aplicativo da minha empresa?
- Qual será o meu indicador de sucesso do aplicativo? Apenas a quantidade de download?
Agora vou aproveitar e apagar alguns dos meus aplicativos inúteis e liberar espaço no meu celular para aquilo que eu realmente me importo.