Como fundos de private equity podem auxiliar a agenda ESG?
Esses fundos atraem capital de grandes investidores e globalmente tinham cerca de US$2 trilhões disponíveis para novos investimentos em 2019
Janaína Ribeiro
Publicado em 25 de agosto de 2020 às 22h19.
Cada vez mais os investidores incorporam considerações ambientais, sociais e de governança ( ESG, na sigla em inglês ) na decisão de investimento. Desinvestem em empresas com alto risco de sustentabilidade, valorizam as que contribuem positivamente para a sociedade e usam o poder do voto nas empresas investidas para influenciar a divulgação e a implementação de práticas gerenciais para endereçar problemas ESG.
Fundos de private equity (PE) também estão aumentando os esforços para integrar considerações ESG no processo de investimento. Esses fundos atraem capital de grandes investidores e globalmente tinham cerca de US$2 trilhões disponíveis para novos investimentos em 2019. Compram participação acionária de empresas, buscando vender com lucro após 3 a 7 anos. Antes de investir, desenham uma tese de criação de valor e um plano de implementação. Após a aquisição, participam ativamente do conselho de administração, criam comitês para implementar e acompanhar os processos-chave para a criação de valor almejada, melhoram a governança corporativa, profissionalização, tornando a empresa mais eficiente.
Os fundos de PE podem se comprometer com a integração de ESG no processo de investimento através de mitigação de risco, busca por oportunidades ESG ou investimento de impacto. Mitigação de risco é o menor nível de comprometimento e, em certa medida, já é adotada pelas gestoras de PE. Durante a due diligence, identificam riscos ESG nas empresas-alvo. Se o risco for muito alto, podem decidir por não investir. Caso contrário, estabelecem um plano para eliminar ou mitigar os riscos identificados, criando metas e KPIs. Feito o investimento, implementam processos e acompanham a evolução dos KPIs e atingimento destas metas.
Já a busca por oportunidades ESG implica o comprometimento de solucionar problemas relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU e a incorporação desse objetivo no processo de due diligence, no plano de ação antes do investimento e na implementação após o investimento. Exemplos são uso mais eficiente de energia nas empresas investidas e diversidade em conselhos. Outra maneira de buscar oportunidades ESG são investimentos temáticos, focados em adquirir empresas que podem solucionar ODS específicos, como, por exemplo, energia renovável e outros gaps estruturantes.
Por fim, fundos de impacto têm o nível de comprometimento mais alto. Só investem em empresas que tenham como propósito criar impactos socioambientais condizentes com a tese do fundo como, por exemplo, melhora de condição de vida da população de baixa renda. Precisam medir, acompanhar e comprovar o impacto de seus investimentos.
No Brasil, a maior parte das gestoras de PE ainda estão no início da integração de considerações ESG no processo de investimento. Porém, há um grande potencial para contribuírem com o aumento da sustentabilidade do Brasil, como já acontece no exterior.
Cada vez mais os investidores incorporam considerações ambientais, sociais e de governança ( ESG, na sigla em inglês ) na decisão de investimento. Desinvestem em empresas com alto risco de sustentabilidade, valorizam as que contribuem positivamente para a sociedade e usam o poder do voto nas empresas investidas para influenciar a divulgação e a implementação de práticas gerenciais para endereçar problemas ESG.
Fundos de private equity (PE) também estão aumentando os esforços para integrar considerações ESG no processo de investimento. Esses fundos atraem capital de grandes investidores e globalmente tinham cerca de US$2 trilhões disponíveis para novos investimentos em 2019. Compram participação acionária de empresas, buscando vender com lucro após 3 a 7 anos. Antes de investir, desenham uma tese de criação de valor e um plano de implementação. Após a aquisição, participam ativamente do conselho de administração, criam comitês para implementar e acompanhar os processos-chave para a criação de valor almejada, melhoram a governança corporativa, profissionalização, tornando a empresa mais eficiente.
Os fundos de PE podem se comprometer com a integração de ESG no processo de investimento através de mitigação de risco, busca por oportunidades ESG ou investimento de impacto. Mitigação de risco é o menor nível de comprometimento e, em certa medida, já é adotada pelas gestoras de PE. Durante a due diligence, identificam riscos ESG nas empresas-alvo. Se o risco for muito alto, podem decidir por não investir. Caso contrário, estabelecem um plano para eliminar ou mitigar os riscos identificados, criando metas e KPIs. Feito o investimento, implementam processos e acompanham a evolução dos KPIs e atingimento destas metas.
Já a busca por oportunidades ESG implica o comprometimento de solucionar problemas relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) da ONU e a incorporação desse objetivo no processo de due diligence, no plano de ação antes do investimento e na implementação após o investimento. Exemplos são uso mais eficiente de energia nas empresas investidas e diversidade em conselhos. Outra maneira de buscar oportunidades ESG são investimentos temáticos, focados em adquirir empresas que podem solucionar ODS específicos, como, por exemplo, energia renovável e outros gaps estruturantes.
Por fim, fundos de impacto têm o nível de comprometimento mais alto. Só investem em empresas que tenham como propósito criar impactos socioambientais condizentes com a tese do fundo como, por exemplo, melhora de condição de vida da população de baixa renda. Precisam medir, acompanhar e comprovar o impacto de seus investimentos.
No Brasil, a maior parte das gestoras de PE ainda estão no início da integração de considerações ESG no processo de investimento. Porém, há um grande potencial para contribuírem com o aumento da sustentabilidade do Brasil, como já acontece no exterior.