Observatório do Racismo: "O racismo é naturalizado no futebol brasileiro!"
Em entrevista exclusiva, Marcelo Carvalho, idealizador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, escancara o desolador cenário de racismo vigente
Vinicius Lordello
Publicado em 2 de junho de 2020 às 10h51.
Última atualização em 2 de junho de 2020 às 11h00.
O mundo passa por uma intensa (e necessária) revisão sobre o racismo vigente. E se existe na sociedade, impossível não acontecer no esporte, um recorte da primeira. O Esporte executivo conversou com Marcelo Carvalho, idealizador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol. A conversa, gravada no último dia 26.05, foi um dia anterior aos episódios que movimentaram o tema racismo mundo afora. Ainda assim, é notório como a estrutura do problema foi relatada, como se o convidado antecipasse o que aconteceria nos dias seguintes.
Devido à grande incidência de casos de intolerância racial, e conforme exposto no site da entidade ( https://observatorioracialfutebol.com.br/, o Observatório da Discriminação Racial no Futebol tem o objetivo de monitorar e divulgar, através de seus canais, os casos de racismo no futebol, assim como ações informativas e educativas que visem erradicar a intolerância que tanto macula a democracia das relações sociais.), o racismo no futebol precisa ser tratado com extrema seriedade.
Para Marcelo, “os incidentes de racismo no futebol não são esporádicos e, com o futebol, discutimos o racismo na sociedade”. E ainda coloca o dedo na ferida, ao apontar que “como a maioria dos dirigentes dos clubes de futebol no Brasil não é negra, não quer discutir o racismo no futebol”. E se nossa sociedade apresenta claros traços de racismo enraizado, Marcelo lembra que “a reprodução de um discurso racista pode até não ser intencional. Mas então é preciso estar disposto a aprender, não negar”.
Este colunista/blogueiro é branco. Entende racionalmente o que é o racismo, mas nunca o sentiu de fato. A conversa com o idealizador no Observatório do Racismo, como já é popularmente conhecido, foi um aprendizado ininterrupto. E espero que tenha sido só o início.
O mundo passa por uma intensa (e necessária) revisão sobre o racismo vigente. E se existe na sociedade, impossível não acontecer no esporte, um recorte da primeira. O Esporte executivo conversou com Marcelo Carvalho, idealizador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol. A conversa, gravada no último dia 26.05, foi um dia anterior aos episódios que movimentaram o tema racismo mundo afora. Ainda assim, é notório como a estrutura do problema foi relatada, como se o convidado antecipasse o que aconteceria nos dias seguintes.
Devido à grande incidência de casos de intolerância racial, e conforme exposto no site da entidade ( https://observatorioracialfutebol.com.br/, o Observatório da Discriminação Racial no Futebol tem o objetivo de monitorar e divulgar, através de seus canais, os casos de racismo no futebol, assim como ações informativas e educativas que visem erradicar a intolerância que tanto macula a democracia das relações sociais.), o racismo no futebol precisa ser tratado com extrema seriedade.
Para Marcelo, “os incidentes de racismo no futebol não são esporádicos e, com o futebol, discutimos o racismo na sociedade”. E ainda coloca o dedo na ferida, ao apontar que “como a maioria dos dirigentes dos clubes de futebol no Brasil não é negra, não quer discutir o racismo no futebol”. E se nossa sociedade apresenta claros traços de racismo enraizado, Marcelo lembra que “a reprodução de um discurso racista pode até não ser intencional. Mas então é preciso estar disposto a aprender, não negar”.
Este colunista/blogueiro é branco. Entende racionalmente o que é o racismo, mas nunca o sentiu de fato. A conversa com o idealizador no Observatório do Racismo, como já é popularmente conhecido, foi um aprendizado ininterrupto. E espero que tenha sido só o início.