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Trens movidos a hidrogênio podem ser o futuro do transporte ferroviário

Países europeus investem para ter sua malha sem emissão de poluentes na próxima década

Imagem do Coradia iLint, trem movido a hidrogênio da francesa Alstom (Alstom/Divulgação)
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Ariane Alves

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 14h35.

São Paulo - Os países europeus investem há anos em soluções para reduzir a emissão de carbono no meio ambiente . O transporte ferroviário , que utiliza majoritariamente os combustíveis fósseis, altamente poluentes, é um dos focos de atuação de países como Alemanha e Inglaterra. Ambos competem para conseguir o título de primeiro país a ter a malha ferroviária totalmente alimentada por combustível renovável na próxima década, e o hidrogênio foi o tipo escolhido para a substituição.

Embora exija um alto custo de produção, a geração de energia com hidrogênio não produz poluentes e não exige a instalação de uma rede elétrica, como no caso dos trens e metrôs usados para transporte de passageiros no Brasil. O único resíduo emitido é a água. O excesso de energia é armazenado em baterias de íon-lítio a bordo do trem.

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Pensando nisso, Inglaterra e Alemanha pretendem substituir seus trens no início da década de 2020. O país britânico quer apresentar bons resultados nas metas de redução da emissão de carbono, levando os trens movidos a hidrogênio a regiões em que os modelos elétricos não podem chegar, segundo informações da BBC.

O funcionamento dos novos trens ocorre por meio de células de combustível localizadas na parte superior, que e conta com ventiladores para impedir o aquecimento. Células de hidrogênio usam um processo eletroquímico para gerar energia. O hidrogênio (H2) abastecido circula pelo trem é misturado ao oxigênio do ar (O2) nas células de combustível. Um reabastecimento de 15 minutos com hidrogênio fornece energia para percorrer cerca de mil quilômetros.

Pioneirismo alemão

A Inglaterra segue o exemplo de outra potência europeia. A Alemanha lançou em setembro deste ano o primeiro trem movido a hidrogênio do mundo. Dois trens iLint, da francesa Alstom, já operam em uma rota de 100 quilômetros entre cidades do norte do país.

A Alstom informou que planeja entregar mais 14 trens até 2021. De acordo com o jornal The Guardian, a montadora francesa também se empenha para colocar os primeiros trens de hidrogênio em circulação em vários países nos próximos anos, incluindo os europeus Holanda, Dinamarca, Noruega, Itália e, na América, o Canadá. O governo francês foi outro que já estabeleceu um prazo: até 2022, quer integrar o time.

Veja abaixo um vídeo da Alstom (em inglês, com legendas geradas automaticamente) explicando a tecnologia dos trens.

https://www.youtube.com/watch?v=O3bUE9uHkqM

 

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