Meia velha, lingerie usada, roupa antiga: saiba onde descartar corretamente em São Paulo
Os resíduos têxteis são uma ameaça ao meio ambiente que você pode ajudar a reduzir: veja cinco programas em São Paulo que dão nova destinação a roupas e tecidos
EXAME Solutions
Publicado em 20 de setembro de 2023 às 08h00.
Última atualização em 9 de outubro de 2023 às 13h41.
Plástico, metal, papel...todo mundo sabe que esses são materiais recicláveis. Mas tecidos também são, você sabia?
Todos os anos, são geradas cerca de 170 mil toneladas de resíduos têxteis no Brasil e somente 20% são reciclados. Os outros 80% (135 mil toneladas) acabam em aterros sanitários ou no meio ambiente, de acordo com dados do Sebrae e do relatório Fios da Moda.
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O lixo têxtil é uma ameaça ao meio ambiente. Globalmente, o setor é responsável por até 10% das emissões de gases do efeito estufa (GEE), segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), e o tingimento de tecidos é o maior poluidor de fontes de água no planeta.
Peças feitas de poliéster, por exemplo, levam até 400 anos para se decompor, sem contar os microplásticos gerados por alguns tecidos. Além disso, nos cálculos da ONU, a média de consumo de roupas por pessoa é 60% maior que 15 anos atrás e cada peça dura a metade do tempo que costumava durar no passado.
Sabendo disso, a partir de agora, se não der para doar ou reutilizar, em vez de jogar um tecido no lixo, procure um ponto de descarte específico.
5 iniciativas de reciclagem e reuso de tecido em São Paulo
Meias usadas
No projeto Meias do Bem, da Puket, cada 40 pares de meias velhas (de qualquer fabricante) viram um cobertor para quem passa frio. Nos dez anos do projeto, a marca recebeu 1,9 milhão de meias, que se converteram em mais de 55 mil cobertores – isso representa 32 toneladas de resíduos têxteis reciclados.
Onde: qualquer loja Puket (veja a mais próxima aqui )
Sobras de tecido novo
Pedaços de pano sem uso, como retalhos que sobraram de uma toalha de mesa ou cortina, podem ser levados ao Banco de Tecido. Depois de pesados, eles geram um crédito em quilos de tecido que você pode trocar por outros tecidos da loja. Desde o começo da iniciativa, 30 toneladas de tecido já foram circuladas.
Onde: Rua Aliança Liberal, 1012, Vila Leopoldina
Lingeries
O projeto Doe Esperança, da Hope, arrecada e doa calcinhas, sutiãs e pijamas para pessoas em vulnerabilidade social. Após recolhidas, essas peças (de qualquer marca) são desinfetas e higienizadas para serem entregues a ONGs, fundações ou entidades. Mas importante: as peças doadas devem estar sem rasgos e em bom estado para uso, ok?
Onde: uma das lojas Hope participantes – na capital paulista são dez (veja aqui )
Uniformes de empresas
O programa Retalhar recebe uniformes usados por funcionários de empresas parceiras e eles passam por um processo em que o tecido é triturado, desfibrado e reinserido no setor produtivo. O antigo uniforme vira matéria-prima para setores como construção civil e indústria automobilística, por exemplo. Mais de 274 mil quilos de uniformes profissionais já foram reaproveitados por meio da iniciativa, que trabalha apenas com grandes volumes.
Onde: Rua Brasilândia, 354, Barueri
Roupas que não usa mais
O Ecoestilo é um programa de logística reversa da Renner. As roupas entregues passam por uma triagem e podem ter dois destinos: a reciclagem ou a reutilização. Na primeira opção, os itens são transformados em fio novamente, podendo virar outras roupas. Já na reutilização, as peças são transformadas em novos produtos ou doadas para entidades.
Onde: lojas Renner com coletores (veja aqui )
A produção mundial de fibras têxteis quase duplicou: saltou de 58 milhões de toneladas em 2000 para 109 em 2020. A previsão é de que chegue a 145 em 2030, segundo Agência Europeia do Ambiente (AEA)