ESA prevê queda de estação espacial chinesa para a noite de domingo
Possibilidade de que uma pessoa sofra o impacto de um pedaço da estação é de 10 milhões de vezes menor que a probabilidade anual de ser atingida por um raio
EFE
Publicado em 31 de março de 2018 às 13h57.
Berlim, 31 mar (EFE).- A Agência Espacial Europeia (ESA) previu neste sábado que a estação Tiangong-1, cujos propulsores estão fora de controle desde 2016, segundo o governo da China , entrará na atmosfera neste domingo, por volta das 23h25 GMT (20h25 de Brasília).
A ESA, que está administrando a campanha internacional de monitoramento da queda da estação espacial, disse em seu site que o prognóstico continua "extremamente variável".
Segundo a agência europeia, a possibilidade de que uma pessoa sofra o impacto de um pedaço da estação é de 10 milhões de vezes menor que a probabilidade anual de ser atingida por um raio.
A ESA, que conta com um departamento especializado em lixo espacial, lembrou que a agência chinesa chegou a planejar a reentrada controlada da estação na atmosfera após o término de sua vida útil, mas os propulsores da Tiangong-1 deixaram de funcionar em março de 2016.
A reentrada na atmosfera, portanto, não será controlada e, segundo os últimos cálculos, pode ocorrer entre os 43 graus de latitude norte e os 43 graus de latitude sul, o que abrange boa parte do planeta.
Pela experiência de monitorar este tipo de operação, os especialistas da ESA acreditam que a Tiangong 1 se desintegrará durante a reentrada na atmosfera e que somente algumas partes restarão do processo e chegarão à superfície terrestre, em maior parte coberta de água ou desabitada.
O corpo principal da estação tem 10,4 metros comprimento e é formado por dois cilindros com aproximadamente a mesma extensão, além de dois painéis solares de 3 por 7 metros, cada.
Com menos de 8,7 toneladas de massa, ela é muito menor que outros objetos que entraram na atmosfera de maneira não controlada na história dos voos espaciais, sendo o recorde da estação americana Skylab, que tinha 74 toneladas, e caiu em 1979 no oeste da Austrália. EFE